"Há alguns meses diria que era prematuro pensar na Ásia, mas agora é uma oportunidade de que devemos considerar", explicou Dyukov, citado pela agência de notícias RIA.
Esta seria uma reação à decisão da UEFA e da FIFA de suspender a participação de todas as equipas russas (clubes e seleções) de participar em todas as provas sancionadas por estas duas organizações. Um castigo aplicado devido à invasão da Ucrânia, em fevereiro passado e não tem data limite.
Em julho, o Tribunal Arbitral do Desporto indeferiu o pedido da RFU, que questionava a ilegalidade desta sanção. O que levou os responsáveis russos a ponderar nesta solução.
"Ainda não falei com nenhum representante da AFC, porque a UEFA ainda nos considera um membro da família europeia e acho que seria deselegante começar negociações por cima deles", justificou o responsável máximo do duelo do futebol na Rússia.
Esta não é uma situação inédita no cenário internacional. Em 1991, Israel mudou-se da AFC (onde chegou a conquistar uma Taça da Ásia em 1964) para UEFA. Uma decisão tomada devido à hostilidade dos países arábes em relação ao país e a forma como estava a gerir a situação da Palestina, que motivou a expulsão em 1974. O processo arrastou-se durante um largo período e seleção israelita chegou mesmo a disputar a qualificação da Oceânia para o Mundial-1982, até ser aceite pela UEFA.