Os australianos desafiaram as baixas expetativas da sua população e chegaram à fase eliminatória pela primeira vez desde 2006 e a segunda na história do país.
Os Socceroos estiveram perto de empatar o encontro e ir para prolongamento diante da favorita Argentina, liderada por exibição inspirada de Lionel Messi, e quase estragavam a festa do milésimo jogo da carreira do astro argentino.
Recorde as incidências do encontro
O técnico de 59 anos espera que o plantel que levou para o Catar ajude a inspirar uma futura geração de futebolistas na Austrália, mas, para isso, é preciso que o governo faça mais para apoiar a equipa em futuros torneios, começando pelo investimento.
"Há uma expetativa de que isto (qualificação para os oitavos) deveria acontecer sempre. Temos de olhar para o futebol australiano. Temos de gastar dinheiro e ter apoio do governo para colocar esse dinheiro no desporto e ajudar a desenvolver as crianças", vincou.
Arnold disse também que é preciso existir um centro para o futebol australiano.
"Precisamos de uma casa, algo que o governo nos ajude a financiar para o desenvolvimento da equipa nacional e pelo bem do futebol australiano", prosseguiu.
O técnico, que pode agora deixar o seu cargo, disse estar imensamente orgulhoso dos seus jogadores. Depois de uma goleada sofrida às mãos da França (4-1), campeã em título, os australianos venceram pela margem mínima a Tunísia (1-0) e Dinamarca (1-0), garantindo o segundo lugar e a passagem à fase seguinte.
Mas admitiu também estar frustrado pela solidez defensiva ter desaparecido contra a Argentina, especialmente no segundo golo, um erro do guarda-redes Matt Ryan, aproveitado por Júlian Álvarez.
"Sinto que falhamos esta noite porque eu queria muito ganhar. Os oitavos não são o suficiente, eu queria mais. Sei que muitas pessoas vão ficar felizes com isso, mas esta é a minha forma de ser", finalizou.