Julien Stéphan, Zinédine Zidane, Philippe Montanier, Landry Chauvin ou mesmo Bernard Diomède: quem sucederá a Sylvain Ripoll no comando da seleção francesa sub-21? De todos os treinadores disponíveis para o cargo, esses quatro nomes se destacam por motivos específicos. A escolha é importante: os Jogos Olímpicos de Paris estão a um ano de distância e tudo o que não seja uma mdealha de ouro não é uma opção.

Stéphan e sua experiência

O ex-treinador do Rennes e do Estrasburgo está na mira da federação. Embora tenha tido pouco sucesso nesta temporada, ajudou o Rennes a entrar na Liga Europa (2018, 2020), derrotou o Paris Saint-Germain na final da Taça de França (2018) e jogou na fase de grupos da Liga dos Campeões.

Para além deste historial brilhante, os seus cinco anos de experiência como treinador de clubes da Ligue 1 deram-lhe uma boa base de jovens jogadores. Ele sabe como gerir e desenvolvê-los. "Quando assina um contrato com um jogador, é até ao fim, sabe gerir os seus jogadores, sabe até onde podem ir. Ele sabia que eu estava atrasado. Mas sempre me deu a confiança necessária para continuar a progredir. Oseu ponto forte é adaptar o que diz ao jogador e saber tirar o máximo partido disso", afirmou Pierre-Yves Hamel (Paris FC) em 2021.

É também um treinador que adapta os seus sistemas em função da equipa que defronta. Desta forma, ele pode explorar os talentos dos seus jogadores e, ao mesmo tempo, criar problemas para os seus adversários. Esta é uma vantagem com o plantel que os Bleus têm apresentado nos últimos jogos.

No entanto, se a sua contratação se confirmar, poderá haver polémica devido à sua relação com o adjunto de Didier Deschamps, Guy Stéphan, que não é outro senão o seu pai.

Zidane... E porque não?

É um segredo aberto. Desde a sua saída do Real Madrid, o antigo internacional francês espera que Deschamps seja demitido para assumir o comando da seleção francesa. Mas o seu antigo companheiro de equipa continua a ter tempo de sobra, o que faz com que Zidane continue na sombra, apesar da sua extraordinária carreira com os Merengues.

Livre para se dedicar onde quiser, a alternativa dos sub-21 poderia ser o compromisso ideal. Com uma grande geração à sua frente, pode trabalhar com jogadores talentosos e contribuir para o sucesso de uma equipa azul.

É verdade que, durante a sua passagem pelo Real Madrid, não era conhecido por incluir muitos jovens no seu onze inicial ou mesmo na rotação. Também não era conhecido por cultivar o talento. No entanto, nunca se deve dizer nunca. A aventura valeria a pena. Com os Jogos Olímpicos no horizonte e a possível contratação de Kylian Mbappé, "Zizou" poderia ser tentado.

Montanier quer vingança

Montanier foi demitido pelo Toulouse apesar da boa temporada que fez no clube, que incluiu a conquista da Taça da França e o retorno dos violetas à Ligue 1. No emblema, ele teve de lidar com várias contratações jovens. O aparecimento nesta temporada de Thjis Dallinga , de 22 anos, demonstra a sua capacidade não só de dar uma oportunidade aos mais jovens, mas também de ter fé neles.

Sob a sua orientação, Zakaria Boukhlal, Fares Chaibi e Anthony Rouault também fizeram boas temporadas. Prova de que seu estilo de treinamento funciona tanto com veteranos quanto com estrelas em ascensão. Além disso, a filosofia ofensiva de Chauvin renovou uma equipa sub-21 demasiado rígida e defensiva.

Chauvin, o próximo passo lógico

A chegada de Landry Chauvin ao comando da França seria um grande passo para ele. Atual técnico da seleção sub-20 da França, Chauvin seria o próximo passo lógico, embora bastante rápido. Depois de ter chegado ao comando da seleção sub-18 em 2020, passou para a seleção sub-19 em 2021 e depois para a seleção sub-20 em 2022. Uma parte da geração viria a seguir.

A sua mudança é, portanto, lógica, mas talvez demasiado prematura. A sua seleção foi eliminada na primeira fase do Campeonato do Mundo, no final de maio, em condições muito complexas, com muitos clubes relutantes em libertar os seus jogadores fora das datas FIFA.

No passado, ganhou o Gambardella em 2003 e dois campeonatos profissionais de reserva com o Rennes em 2004 e 2007.

Diomède, o grande favorito

Como técnico da seleção sub-18, Diomède acaba de terminar em quarto lugar no torneio Revello, um ano depois de tê-lo conquistado. Mas enquanto a competição estava aberta a jogadores das gerações 2001 a 2004, o antigo médio convocou jogadores de 2005, onze dos quais venceram o Campeonato Europeu Sub-17 no ano passado.

Fundador de uma academia com o seu nome, dirige as equipas de sub-17, sub-18, sub-19 e sub-20 desde 2015. O seu estatuto de vencedor do Campeonato do Mundo de 1998 é outro dos seus pontos fortes, embora esteja longe de ser o favorito para o cargo.