Alexander Zverev jogou uma ronda de Mario Kart no seu dia de folga e tratou das bolhas nos seus pés magoados. Depois, o campeão olímpico de ténis concentrou-se exclusivamente no seu duelo com a estrela espanhola Carlos Alcaraz nos quartos de final do Open da Austrália.
"Não estou nas mesmas condições que no Open dos Estados Unidos. Não estou morto. Espero que seja um jogo completamente diferente", disse Zverev antes do confronto na Rod Laver Arena, na quarta-feira. O tenista de Hamburgo não é favorito contra o vencedor de Wimbledon depois de grandes oscilações no seu desempenho, tendo passado cinco horas a mais em court em Melbourne do que Alcaraz. No entanto, não se trata de uma questão de força.
"Ele ainda tem 100%" de combustível no tanque antes do duelo", garantiu Zverev, que mais uma vez teve que se esforçar ao máximo para bater em cinco sets o britânico Cameron Norrie nos oitavos de final em mais de quatro horas de jogo.
Antecipação de ambos os lados
Zverev passou por uma situação semelhante no US Open, quando também perdeu muita energia ao longo do torneio e não teve nenhuma chance contra Alcaraz nos quartos de final. Agora deve ser diferente. "Quando se joga menos, está-se mais fresco, mas sinto-me bem", garantiu Zverev, que procura a segunda meia-final da sua carreira no primeiro Grand Slam do ano.
E o jogador de 26 anos também não precisa de procurar muito para se motivar. "Jogar os quartos de final contra o número dois do mundo em Rod Laver dá-nos uma energia extra", sublinhou Zverev, que tem um registo positivo de quatro vitórias em sete jogos contra Alcaraz.
Esta é outra razão pela qual Alcaraz foi avisado. A última vez que se defrontaram no ATP Finals, em novembro, o número um alemão levou a melhor.
"Ele é um grande jogador. É sempre uma batalha difícil, tenho de jogar ao meu melhor nível", disse Alcaraz, que, no entanto, vai para os quartos de final "com muita confiança": "Sinto-me melhor a cada dia que passa".
Zverev está consciente da dificuldade da tarefa contra o excecional jogador de 20 anos.
No final do dia, "adoraria jogar todo o torneio contra alguém que está classificado como 120 do mundo", disse Zverev com humor à Eurosport, mas "apenas os melhores jogadores ainda estão aqui".
Como número seis do mundo, Zverev é um deles, mas ainda tem de provar a sua classe superior em Melbourne. As coisas são diferentes na consola: "Não importa quem joga contra mim no Mario Kart. Ninguém tem hipótese", disse o bem disposto Zverev.
O alemão ainda tem de ganhar esse estatuto no campo de ténis - e pode começar contra Alcaraz.