Na época passada, parecia que os veteranos, com 46 títulos do Grand Slam entre si, nunca mais voltariam a partilhar um court de competição. Mas a perspetiva está de novo em jogo, com o espanhol Nadal a recuperar de cirurgias à anca que o afastaram durante quase um ano.

Começa o que deverá ser uma temporada de despedida no Brisbane International, de 31 de dezembro a 7 de janeiro, ao lado de Andy Murray e do número oito do mundo, Holger Rune.

Djokovic, líder do ranking, optou pela United Cup de equipas mistas em Perth e Sydney, a partir de sexta-feira, tal como os outros jogadores do top 10 Stefanos Tsitsipas, Alexander Zverev e Taylor Fritz.

Salvo contratempos de última hora, Nadal e Djokovic vão então entrar nos courts de Melbourne Park para o Open da Austrália, a partir de 14 de janeiro, talvez pela última vez juntos.

O 22 vezes vencedor de torneios do Grand Slam, Nadal não joga desde a derrota na segunda ronda com o americano Mackenzie McDonald no Open da Austrália deste ano, o que levou ao que o treinador Carlos Moya disse ser "um caminho sinuoso, tortuoso, com muitas curvas".

Agora com 37 anos, Nadal disse que não espera "nada" de si próprio desta vez.

"Interiorizei o que tive ao longo da minha vida, que é exigir o máximo de mim próprio", disse ao anunciar o seu regresso: "Neste momento, o que eu realmente espero é ser capaz de não fazer isso, aceitar que as coisas vão ser muito difíceis no início e dar-me o tempo necessário."

Desde que foi afastado, Nadal foi ultrapassado no número total de torneios do Grand Slam conquistados pelo arquirrival sérvio, que tem como objetivo um recorde histórico do 25.º título importante em Melbourne.

Djokovic, de 36 anos, venceu três Grand Slams em 2023, mas terminou a época com duas derrotas frente ao jovem italiano Jannik Sinner na Taça Davis. O espanhol Carlos Alcaraz, número dois do mundo, também conseguiu uma vitória sensacional sobre Djokovic na final de Wimbledon.

O quarto classificado Sinner começa a sua época no evento de exibição Kooyong Classic em Melbourne, enquanto Alcaraz não tem nada agendado até ao Open da Austrália.

Naomi nervosa

A tetracampeã de Grand Slam Naomi Osaka também faz o seu tão esperado regresso em Brisbane, depois de não jogar desde setembro de 2022. A estrela japonesa, que deu à luz a filha Shai em julho e já lutou anteriormente com sua saúde mental, admitiu que estava "nervosa", mas "animada".

"Quero definitivamente ganhar mais Grand Slams", disse.

Tal como Djokovic, a número um mundial e quatro vezes vencedora de Grand Slams, Iga Swiatek, vai aclimatar-se em Perth com as suas companheiras de equipa polacas na United Cup. A campeã do Open de França cedeu brevemente o seu lugar no topo do ranking a Aryna Sabalenka em 2023, mas recuperou-o com um triunfo corajoso no WTA Finals em Cancun.

"Foi certamente uma época exigente que me ensinou muito e que me deixa ainda mais orgulhosa", disse Swiatek, semifinalista do Open da Austrália em 2023.

Sabalenka também vai aparecer em Brisbane, num campo recheado com oito das 20 melhores jogadoras do mundo, numa altura em que procura dar continuidade a um ano sensacional, iniciado com a conquista do seu primeiro Slam em Melbourne Park.

"É um torneio que já atraiu muitos bons jogadores no passado e espero que me prepare para mais um verão de sucesso", disse a bielorrussa, número dois mundial, sobre o evento de Brisbane.

Elena Rybakina, quarta classificada no ranking, que Sabalenka derrotou para conquistar o título do Open da Austrália, é outra em Brisbane. 

Coco Gauff, número três do mundo, defende o seu título no Auckland Classic a partir de 1 de janeiro, depois de uma época de sucesso para a jovem de 19 anos que a levou a conquistar o seu primeiro Grand Slam no Open dos Estados Unidos.

Na Nova Zelândia, Elina Svitolina e Caroline Wozniacki continuam o caminho de regresso da licença de maternidade, enquanto Emma Raducanu, ex-campeã do Open dos Estados Unidos, volta após múltiplas cirurgias ao tornozelo e ao pulso.