Nadal admitiu que se tem debatido com dores desde a sua cirurgia à anca, em junho e, apesar de ter regressado aos treinos em outubro, os problemas persistem.
"Não sei como é treinar sem dores. É menos do que antes, mas a dor ainda existe. A boa notícia, talvez, é que gradualmente posso fazer mais e mais coisas", disse o espanhol de 37 anos em entrevista ao jornal La Derniere Heure.
"Tudo seria completamente diferente se eu pudesse treinar sem dor. Então saberia exatamente como me preparar, o que fazer e quando voltar ao circuito", acrescentou Nadal.
O espanhol disse que está no caminho certo, mas tem de lidar com algo que nunca experimentou antes.
"Não sei nada sobre esta lesão e não sei como o meu corpo vai reagir", explicou.
Está longe de ser claro se o ex-líder do ranking mundial irá, de facto, participar no Open da Austrália.
"Sempre estive sob pressão. Quer fosse eu próprio a criá-la, a esperar determinados desempenhos, ou a enfrentá-la por parte dos adeptos. O meu objetivo sempre foi mostrar-me da melhor forma possível. É isso que estou a tentar fazer agora. Infelizmente, os meus limites são óbvios. Se ultrapassar os obstáculos, e espero que o faça em breve, a história será diferente", concluiu o tenista espanhol.

Nadal não disputa um jogo de competição desde janeiro, quando, na qualidade de atual campeão, caiu na segunda ronda do Open da Austrália.
O espanhol já foi submetido a duas cirurgias este ano, para recuperar de uma lesão na anca. O tenista, de resto, já deu a entender várias vezes que 2024 poderá ser o seu último ano no circuito profissional.