"Gosto de sentir o calor das pessoas e o seu entusiasmo, mas sou o mesmo ragazzo que era há duas semanas atrás", disse o primeiro italiano a ganhar o Open da Austrália, em conferência de imprensa na sede da Federação Italiana de Ténis.
"Estou a levar esta popularidade a peito, estou feliz por estar a partilhar todas estas emoções, mas foi apenas um torneio e também é possível que os meus resultados não sejam tão bons" no futuro, sorriu o homem que pôs fim a uma seca de 48 anos do ténis masculino italiano no Grand Slam.
Desde que chegou a Roma, vindo de Melbourne, na terça-feira, Sinner, de 22 anos, encontrou-se com a primeira-ministra Giorgia Meloni. Será recebido pelo Presidente, Sergio Mattarella, esta quinta-feira com a equipa italiana que venceu a Taça Davis de 2023.
Questionado sobre os seus próximos objetivos, o número 4 do mundo, que desistiu do torneio de Marselha (5-11 de fevereiro) e deve regressar em Roterdão (12-18 de fevereiro), permaneceu vago.
"O objetivo (para esta época) era obter resultados ligeiramente melhores nos torneios do Grand Slam do que no ano passado, quando cheguei às meias-finais em Wimbledon. O primeiro Grand Slam do ano correu bem, mas ainda há mais três, por isso a época não acaba aqui", recordou.
"O meu sonho sempre foi ganhar um Grand Slam. Agora sei o que significa e as emoções que provoca. Mal posso esperar para voltar ao trabalho e tentar sentir-me de novo assim", explicou o italiano.
"Ser o número 1 do mundo? Há uma grande diferença entre estar entre os 5 primeiros e estar entre os 3 primeiros. É a mesma coisa entre estar no top 3 e ser o número 1 do mundo. É preciso dar um passo de cada vez", sublinhou.
"Tenho consciência de que ainda preciso de melhorar a minha condição física, a minha força e a minha resistência. Em termos de ténis, posso fazer tudo um pouco melhor, especialmente no serviço (...) ainda há trabalho a fazer", avisou.