A exibição de luxo impulsionada por Federer, que coloca uma equipa europeia contra outra do resto do mundo, ao longo de três dias, contou com a presença do maestro suíço e dos seus dois grandes rivais, Rafael Nadal e Novak Djokovic, nas edições anteriores.
Este ano, os jogadores mais cotados seriam Holger Rune e Stefanos Tsitsipas, quarto e quinto classificados no ranking ATP, respetivamente, mas ambos desistiram à última hora.
Com estas desistências, o jogador mais proeminente da equipa europeia será o russo Andrey Rublev (6.º do ranking), vencedor do Masters 1000 de Monte Carlo e quarto-finalista em três dos quatro torneios do Grand Slam desta época, tendo perdido em Roland Garros na terceira ronda.
Ao russo juntam-se o norueguês Casper Ruud (9.º), o polaco Hubert Hurkacz (16.º), o espanhol Alejandro Davidovich (25.º) e dois franceses, Gael Monfils, que aos 37 anos está a trabalhar para recuperar o seu melhor nível depois de meses de lesão que o levaram para além do top 100 do ranking, e o promissor Arthur Fils (44.º), que aproveitou a ausência de Tsitsipas para passar de suplente a titular.
Cerúndulo, a carta latino-americana
A equipa do Resto do Mundo será liderada pelos americanos Taylor Fritz (8.º), Frances Tiafoe (11.º), Tommy Paul (13.º) e Ben Shelton (19.º), jogadores que vêm de um US Open em grande forma.
Shelton surpreendeu ao chegar às meias-finais, onde perdeu para o campeão Djokovic, depois de ter vencido Paul nos oitavos de final e Tiafoe nos quartos de final, fase também alcançada por Fritz.
O local Felix Auger-Aliassime e o argentino Francisco Cerúndulo completam a equipa inicial. O sul-americano, número 21 do ranking, celebrou a sua presença no famoso encontro.
"É uma oportunidade especial para competir contra os melhores do mundo, com os meus colegas de equipa, sob a tutela de um dos maiores como John McEnroe. Estou realmente ansioso por isso", afirmou Francisco Cerúndulo.
Federer, futuro capitão?
Como tem sido o caso desde o início da competição em 2017, a Equipa Europa será capitaneada pela lenda sueca Bjorn Borg e a Equipa Mundial será liderada pela lenda americana John McEnroe.
Em 2022, a Laver Cup foi disputada em Londres e permitiu a Federer, que não aparecia no circuito desde a sua derrota nos quartos de final de Wimbledon em 2021, jogar um último jogo antes de se reformar. Apoiado por Nadal, perdeu em pares com a dupla norte-americana Tiafoe/Sock.
No final dessa edição, que ficará na história como a despedida de Federer, os Estados Unidos foram coroados campeões do evento pela primeira vez. Um ano depois, Roger Federer será homenageado no aniversário do seu último jogo.
Em declarações antes do evento, o astro suíço de 42 anos admitiu que o seu coração está com a equipa europeia e abriu a porta a um futuro como capitão.
"Talvez um dia venha a ser capitão da equipa. De momento, não há planos, mas penso que poderia ser muito interessante", sublinhou o suíço, antigo número um mundial e vencedor de 20 torneios do Grand Slam.
Federer congratulou-se com a camaradagem no torneio de exibição.
"Ver a alegria e o divertimento que Borg e McEnroe trouxeram às equipas, mas também o quanto gostam das suas funções, foi fantástico", acrescentou.
Com Borg e McEnroe à margem do torneio, a edição de 2023 terá o mesmo programa para sexta-feira e sábado: três jogos de singulares e um jogo de pares por dia. No domingo, a final será de pares e de singulares.