Rafael Nadal, que anunciou a sua retirada do torneio de Paris na quinta-feira, 18 de maio, não defenderá o seu título em Roland Garros. A ausência do espanhol - que venceu a Coupe des Mousquetaires 14 vezes na Philippe Chatrier - é a primeira desde 2005. Com uma lesão na perna, contraída em janeiro, o atual número 15 do mundo desistiu antes do seu torneio favorito, na esperança de regressar mais forte em 2024, que será normalmente o seu último torneio no circuito.

Muitos teriam gostado de ver o antigo n.º 1 do mundo voltar ao campo de terra batida este ano, com o desejo de o ver ganhar novamente o Grand Slam.

"Esteve ausente durante vários meses, a recuperar da lesão, e estávamos à espera que brilhasse em Roland Garros, como é habitual em Porte d'Auteuil. Por isso, é obviamente muito triste não o ver este ano. É óbvio que o torneio vai sentir a sua falta, uma vez que ele nunca falhou Roland desde 2005", afirma Vincent, de 32 anos, fã incondicional de Roger Federer, ao Flashscore.

Para Thibault, de 21 anos, jogador licenciado na região de Paris, o anúncio foi terrível.

"Pessoalmente, não estava à espera, pensei mesmo que ele ia fazer tudo para estar aqui. É terrível, porque quando se pensa no Open de França, pensa-se imediatamente em Rafael Nadal", assume.

Desde a sua derrota na segunda ronda com McDonald no Open da Austrália, o espanhol não aparece num campo de ténis, nem mesmo nos seus famosos vídeos da Rafa Nadal Academy.

"Fiquei muito triste ao saber que o Rafa não estaria em Paris", diz Javier, 50 anos, um fã de ténis que veio de Madrid para assistir ao torneio.

"Mas, infelizmente, já estava à espera. Ele não jogava desde a Austrália. E, apesar de se ter lesionado algumas vezes nos últimos anos, conseguiu sempre jogar um Masters 1000 pouco antes para se ambientar", lembra.

Poucas esperanças de triunfar em 2024

"A lesão que sofri na Austrália não evoluiu como queríamos, por isso não vou poder estar presente em Roland Garros", anunciou Rafa Nadal, 22 vezes campeão do Grand Slam, numa conferência de imprensa em Maiorca, concluindo que "o próximo ano será provavelmente o último da sua carreira".

O fim parece estar próximo e muitos observadores e amantes do ténis gostariam de o ver vencer o Open de França pela 15.ª vez na sua carreira. Infelizmente para ele, muitos duvidam disso.

"No próximo ano, penso que será muito difícil para ele ganhar um Grand Slam. Ele vai estar de fora um ano, não vai jogar. Depois, quando voltar - se voltar - já não será o mesmo. Depois disso, é o Nadal! E é por isso que acreditamos nele. Podem dá-lo como morto... mas vejam o ano passado, ele conseguiu ganhar com o pé totalmente destruído", conclui Javier.

"Para o próximo ano, custa-me acreditar que ele possa competir... Talvez seja o meu pessimismo a falar, mas imaginá-lo novamente ao mais alto nível quando o seu corpo está a falhar parece quase impossível. No entanto, ao longo da sua carreira, mostrou que tem uma mente de ferro, tudo é possível com Rafael Nadal", conclui o fã de ténis ao Flashscore.