Depois de derrotar o francês Alexandre Muller três sets consecutivos para chegar à terceira ronda, o génio espanhol disse que era especial ter conseguido o primeiro triunfo neste "court realmente bonito".
"Sinto que pertenço a este court. Sinto que estou pronto para jogar mais jogos, para fazer mais jogos grandes naquele court", disse.
Alcaraz já ganhou gosto pelas grandes honras, depois de garantir o título do Open dos Estados Unidos... E quer mais.
"Seria fantástico para mim jogar uma final aqui em Wimbledon. Melhor ainda se for contra o Novak, obviamente", confessou.
De acordo com o sorteio, Alcaraz está está no caminho certo para defrontar o sérvio na final, atual campeão e 23 vezes vencedor de Grand Slams, que o eliminou em Roland Garros no mês passado.
Djokovic já ganhou Wimbledon por sete vezes e ele, o reformado Roger Federer, Rafael Nadal e Andy Murray são os únicos homens a levantarem esse troféu há mais de 20 anos.
Alcaraz não esconde o objetivo de quebrar essa hegemonia, mas sabe que não se pode precipitar.
"Há muitos grandes jogadores a jogar aqui na relva, que se sentem muito, muito confortáveis na relva. Tenho de estar muito, muito concentrado até à final. São muitos jogos pela frente. Não posso relaxar. Tenho de dar o meu melhor em todos os jogos. Vamos ver se chego à final ou não", disse, sempre pronto a mostrar o sorriso.
O espanhol confessou ainda algum nervosismo no início do jogo e argumentou que o campo parecia mais rápido do que o Court One, onde disputou a primeira ronda.
Esta sexta-feira, sentiu dificuldades com a amplitude de jogo, cometendo 41 erros não forçados, e foi obrigado a trabalhar arduamente diante de um motivado Muller, 84.º classificado no ranking. Mas acabou por vencer o alemão por 6-4, 7-6 e 6-3.
"O dropshot é uma arma para mim. Tento usá-lo em todos os jogos. Hoje foi muito, muito bom para mim. Ganhei muitos pontos com os dropshots. Vou tentar repetir na próxima ronda", finalizou.