Elina Svitolina: "A guerra deixou-me mais forte"

Publicidade
Publicidade
Publicidade
Mais
Publicidade
Publicidade
Publicidade

Elina Svitolina: "A guerra deixou-me mais forte"

Ucraniana eliminou a número 1 mundial em Wimbledon
Ucraniana eliminou a número 1 mundial em WimbledonAFP
Após derrotar a número 1 do mundo, a polaca Iga Swiatek, nos quartos de final de Wimbledon, numa autêntica batalha técnica e mental, a tenista ucraniana Elina Svitolina não escondeu a emoção ao recordar a guerra na Ucrânia para explicar que não há nada mais difícil do que isso.

Recorde as principais incidências da partida

"A guerra deixou-me mais forte, também mentalmente. Já não encaro os momentos difíceis como catástrofes. Existem coisas piores na vida. Agora estou mais tranquila. Como acabo de voltar a competir, a pressão não é a mesma", explicou Svitolina, que regressou à competição apenas três meses depois de ter sido mãe, em outubro do ano passado.

"Obviamente, quero vencer. Tenho esta motivação, esta enorme motivação, de voltar ao mais alto nível. Mas acho que depois de ter tido um filho, e com a guerra, tornei-me numa pessoa diferente. Vejo as coisas de outra maneira", acrescentou a ex-número 3 do mundo, que atualmente é a 76ª no ranking da WTA.

A ucraniana já tinha chegado a duas meias-finais de Grand Slam na carreira, em Wimbledon e no US Open, em 2019, mas em nenhuma das ocasiões foi à final.

Aos 28 anos, ela afirma que agora encara os jogos de forma diferente, o que lhe permitiu jogar com grande agressividade durante todo o duelo contra Swiatek.

"Digo para mim mesma que tenho menos anos pela frente do que para trás, então tenho que dar tudo. Não tenho tempo a perder. Treino para estes grandes momentos", afirmou.

Swiatek também reconheceu a mudança: "Ela jogou com mais liberdade. Às vezes, ela soltava-se completamente e jogava muito, muito rápido. Não sei se alguma vez ela jogou assim, porque só a enfrentei uma vez".

"Também treinamos juntas na Austrália. Não me membro dela mudar tanto o ritmo nas trocas de bola, mas entendo perfeitamente por que ela fez isso. É preciso jogar com coragem para vencer este tipo de jogo", acrescentou Swiatek.

Ucraniana aprendeu muito com a guerra e a maternidade
Ucraniana aprendeu muito com a guerra e a maternidadeAFP