Djokovic defronta o polaco Hubert Hurkacz no Centre Court, onde não perde há 10 anos.

No entanto, se quiser continuar a tentar conquistar o terceiro Major de 2023 e igualar o recorde de 24 Slams de Margaret Court, terá de encontrar uma forma de ultrapassar a aparentemente inexpugnável defesa de Hurkacz.

O polaco ainda não perdeu o serviço no torneio, salvando todos os 11 pontos de break que enfrentou e ganhando todos os 46 jogos de serviço.

"Não vejo muitos buracos no seu jogo", disse Djokovic, que tem um registo de 5-0 contra o 18.º classificado Hurkacz, incluindo em Wimbledon, em 2019.

"Ele serve de forma extremamente poderosa, cobre o campo muito bem. Tem braços muito compridos e uma sensação muito boa na rede", acrescentou o tenista sérvio.

Hurkacz chegou às meias-finais em 2021, tendo-se tornado o último homem a derrotar Roger Federer em Wimbledon nos quartos de final.

Há doze meses, porém, caiu na primeira ronda.

Depois de ter sido banido de Wimbledon em 2022 devido à guerra na Ucrânia, sete jogadores da Rússia e da Bielorrússia chegaram aos oitavos de final em singulares masculinos e femininos.

O russo Andrey Rublev, sétimo cabeça de série, dá início à ação no Centre Court, na esperança de completar um conjunto completo de quartos de final nos quatro Slams.

O jogador de 25 anos enfrenta Alexander Bublik, nascido na Rússia mas que representa o Cazaquistão.

Bublik, o número 26 do mundo, derrotou Rublev em relva na final de Halle, em junho.

Outro russo, Roman Safiullin, chegou aos oitavos de final na sua estreia no sorteio principal.

O número 92 do mundo, que nunca tinha passado da segunda ronda de um Slam, enfrenta o semi-finalista de 2021, Denis Shapovalov.

Jannik Sinner, o oitavo classificado do ranking italiano, enfrenta Daniel Elahi Galan, da Colômbia, na esperança de garantir os quartos de final pelo segundo ano consecutivo.

A número um mundial Swiatek, atual campeã do Open dos Estados Unidos e do Open de França, ainda não perdeu um set no seu caminho para a quarta ronda pela segunda vez.

Vai defrontar a suíça Belinda Bencic, 14.ª cabeça de série, que caiu na primeira ronda nas duas últimas visitas.

Num confronto dos oitavos de final com significado político, Victoria Azarenka, da Bielorrússia, defronta Elina Svitolina, da Ucrânia.

No Open de França, Svitolina e todas as jogadoras ucranianas recusaram-se a apertar a mão às adversárias da Rússia e da Bielorrússia.

"Não vou vender o meu país por gostos", disse Svitolina depois de se recusar a apertar a mão à número dois mundial, Aryna Sabalenka, da Bielorrússia, em Paris.

Svitolina foi mesmo vaiada pelo público francês pela sua atitude desafiante.

No Open dos EUA do ano passado, a ucraniana Marta Kostyuk ofereceu apenas um toque nas raquetes depois de enfrentar Azarenka.

Tanto Svitolina como Azarenka já foram semifinalistas do torneio. Azarenka, no entanto, tem um recorde de 5-0 no confronto direto com a jogadora ucraniana.

Uma segunda ucraniana, Lesia Tsurenko, defronta a número quatro do mundo, Jessica Pegula, com ambas as jogadoras a procurarem um lugar nos oitavos de final pela primeira vez.

Tsurenko, de 34 anos, chegou à quarta ronda depois de triunfar no tiebreak mais longo de sempre num encontro de singulares femininos do Grand Slam - 38 pontos - contra a romena Ana Bogdan, na sexta-feira.

Tsurenko venceu num sétimo match point, depois de ter salvo cinco match points, numa epopeia de três horas e 40 minutos.

O outro embate de domingo nos oitavos de final é um confronto totalmente checo entre Marie Bouzkova, que eliminou a quinta cabeça-de-série, Caroline Garcia, na terceira ronda, e Marketa Vondrousova, a vice-campeã do Open de França de 2019.