A vitória de Djokovic por 6-3, 6-4, 7-6 (7/4) selou a 35.ª presença do atual campeão na final de um Grand Slam e coloca-o muito perto de conquistar o oitavo título em Wimbledon, o que seria um recorde.
No domingo, o tenista de 36 anos vai enfrentar o número um mundial Carlos Alcaraz, na quinta final consecutiva em Wimbledon.
Djokovic ultrapassou a lenda norte-americana Chris Evert como o único tenista (masculino ou feminino) a atingir as 35 finais de Majors, mas tem a mira apontada para conquistas ainda maiores no domingo.

O número dois do mundo pode igualar os oito triunfos de Roger Federer em Wimbledon, caso ganhe o quinto título consecutivo na relva do All England Club.
Com 23 títulos de singulares do Grand Slam em seu nome, o número dois do mundo pretende igualar o recorde de todos os tempos de Margaret Court, que são 24.
"Sinto que os 36 (anos) são os novos 26, é uma sensação muito boa. Sinto-me muito motivado", afirmou.
"É ótimo fazer parte da próxima geração, adoro isso. Este desporto deu-me muito a mim e à minha família. Vou retribuir o favor a este desporto e jogar o mais que puder", prosseguiu.
Djokovic é o terceiro homem mais velho a chegar à final de Wimbledon na era Open e pode tornar-se no tenista masculino mais velho a vencer o torneio se bater Alcaraz no domingo - ultrapassando o triunfo de Federer em 2017, com 35 anos.

Numa altura em que Federer já se retirou e Rafael Nadal prepara-se para uma digressão de despedida no próximo ano, antes de pendurar a raquete, Djokovic continua em força.
Já ganhou o Open da Austrália e o Open de França desta época e continua a caminhada à procura de conquistar todos os quatro Grand Slams num só ano, com o Open dos Estados Unidos a disputar em agosto.
Questioanado sobre o segredo da longevidade, Djokovic disse: "Fazemos parte de um desporto individual, por isso temos de confiar em nós próprios e colocarmo-nos no melhor estado físico e mental antes de entrarmos em court".
"Muito intenso"
Como parte da geração que se espera que venha a desafiar a preeminência de Djokovic, Sinner, de 21 anos, admitiu que a força mental do sérvio torna-o muito difícil de derrotar.
"É óbvio que sabemos que estamos a jogar contra o melhor jogador do mundo neste momento, especialmente nesta superfície. O lado mental dele é muito forte. Especialmente, como disse antes, nos momentos importantes, sabe exatamente como jogá-los. Ele não oferece nada", disse o italiano.
Djokovic entrou em confronto com o árbitro Richard Haigh e com os espetadores durante a meia-final, demonstrando esse lado competitivo que o torna tão forte.
Haigh tirou um ponto a Djokovic no quarto jogo do segundo set, decidindo que este fez um ruído de distração após a sua pancada e mesmo antes de Sinner estar prestes a bater a bola.
Claramente furioso, Djokovic dirigiu-se ao árbitro para perguntar "O que está a fazer?".
Haigh voltou a irritar Djokovic momentos depois, avisando-o por ter demorado demasiado tempo a servir, mas o sérvio manteve-se concentrado e venceu o set.
"A penalização podia ter mudado o rumo do jogo. Senti-me nervoso depois daquela decisão, mas consegui reagrupar-me", disse Djokovic.
"É provavelmente a primeira vez que me acontece, normalmente não tenho grunhidos prolongados. Talvez tenha feito eco com teto (coberto)", explicou.
Depois de salvar dois set points no terceiro set, Djokovic respondeu ao apoio do público a Sinner fazendo um gesto sarcástico de choro, garantindo assim que fosse o último a rir antes de confirmar a vitória.
"As meias-finais são sempre muito intensas", afirmou. "Talvez o marcador não mostre a realidade do que aconteceu no court. Foi muito renhido".