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Wimbledon: Russo Andrey Rublev agradece apoio e quer fim da "terrível" situação na Ucrânia

Andrey Rublev e Novak Djokovic abraçam-se após o jogo
Andrey Rublev e Novak Djokovic abraçam-se após o jogoReuters
O russo Andrey Rublev, de 25 anos, agradeceu ao público do Centre Court o ruidoso apoio durante a tentativa falhada de eliminar o atual campeão de Wimbledon, Novak Djokovic, esta terça-feira.

Tal como os outros jogadores russos e bielorrussos presentes no torneio, Rublev, sétimo cabeça de série, foi banido no ano passado do torneio, na sequência da invasão da Ucrânia pela Rússia, em fevereiro de 2022.

Rublev, que expressou consternação com a ação do seu país logo após a invasão, quando escreveu "No War Please" "("Não à guerra, por favor"), na lente de uma câmara no Open do Dubai, disse que ficou surpreendido com o apoio dos adeptos de Wimbledon.

"No ano passado, foi decicido que não ia jogar um dos melhores torneios do nosso desporto", disse Rublev, cuja exibição inspirada deixou os adeptos a aplaudir de pé depois da derrota por 4-6, 6-1, 6-4 e 6-3 num embate de alta qualidade nos quartos de final.

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"Mas ao estar aqui este ano, senti-me grato. Senti um grande apoio durante estas duas semanas. Hoje também. É como eu estava a dizer, ser do país de onde sou e ter este apoio, é especial. Não sei, às vezes sinto que não o mereço ou algo do género. Não sei o que é preciso fazer para ter este apoio. Estou muito grato por isto", admitiu.

Questionado sobre se os jogadores russos sentem algum sentimento de culpa pela "operação militar especial" do Presidente russo, Vladimir Putin, na Ucrânia, Rublev disse: "Não é culpa. É só mais uma situação terrível".

"É óbvio que isto não se deseja a ninguém. Queremos que estas coisas terríveis terminem o mais rapidamente possível para que todas as pessoas no mundo tenham a oportunidade de ter uma boa vida", vincou.

Os jogadores da Rússia e da Bielorrússia, que foi utilizada como ponto de partida para a invasão promovida por Moscovo, foram autorizados a regressar a Wimbledon este ano, depois de a WTA e a ATP terem multado a Lawn Tennis Association pela sua posição e lhes terem retirado pontos na classificação.

Uma das condições para o seu regresso foi o facto de os jogadores assinarem uma declaração pessoal em como não apoiavam a guerra.