Regresso ao meio-campo
Vindo da vitória diante do Midtjylland, Rúben Amorim procedeu a algumas alterações em relação à equipa do Sporting. Matheus Reis ficou com o lugar de Gonçalo Inácio, Nuno Santos entrou para o lado esquerdo da defesa, Bellerín rendeu Ricardo Esgaio e Francisco Trincão entrou para o posto de Manuel Ugarte (suspenso), com Pedro Gonçalves a descer para o meio-campo.
Nomeado interino após a saída de Nélson Veríssimo, Pedro Guerreiro não fez muitas alterações em relação ao onze que perdeu com o Paços de Ferreira. Mexer e Guitane entraram na equipa do Estoril, por troca com Bernardo Vital e Tiago Araújo.
Demasiadas cautelas
Com uma estreia de fogo na Liga, Pedro Guerreiro montou um Estoril essencialmente defensivo. Com um bloco baixo, a equipa da Linha de Cascais apostava em suster a pressão leonina e sair rápido para o contra-ataque. Uma estratégia que teve poucos efeitos práticos, já que o Sporting conseguiu criar situações de perigo e o conjunto canarinho foi para o intervalo sem qualquer remate enquadrado com a baliza adversária.
Confrontando novamente com um bloco baixo, como tinha acontecido na primeira mão do play-off da Liga Europa, diante do Midtjylland, o conjunto leonino adotou uma postura diferente e foi carregando por ambos os flancos de forma a encontrar os espaços para finalização, com as combinações Bellerín-Edwards e Nuno Santos-Trincão em evidência.
São, de resto, os jogadores das faixas leoninas que acabam por fazer a diferença. Nuno Santos (13 minutos) e Edwards (38 minutos) viram os remates passar muito perto do poste, mas deram o aviso para aquilo que Bellerín viria a concretizar.
Aos 41 minutos, o lateral espanhol aproveitou um ressalto na área e disparou cruzado, para o fundo das redes. Foi o primeiro golo com a camisola do Sporting e o fim de um jejum que durava desde 14 de fevereiro de 2021, quando marcou pelo Arsenal ao Leeds.
Reveja aqui as principais incidências da partida
Nota artística
O segundo tempo pareceu trazer um Estoril mais agressivo e decidido a conseguir contornar a pressão leonina (Morita e Pedro Gonçalves estiveram muito bem no meio-campo) para tentar obrigar a Antonio Adán a mais trabalho. Contudo, a resistência dos comandados de Pedro Guerreiro caiu pouco depois do regresso dos balneários.
Aos 51 minutos, aproveitando algum espaço da defesa do Estoril, Francisco Trincão partiu da esquerda, deixou três adversários pelo caminho e no cara a cara com Dani Figueira fez o golo.
O golo desbloqueou o internacional português que deu início a uma exibição inspirada em que travou um duelo particular com Dani Figueira. Em duas ocasiões (63 e 68 minutos) obrigou o guarda-redes do Estoril a defesas atentas, para gáudio das bancadas de Alvalade que desesperam pela melhor versão do antigo jogador do Barcelona.
Último suspiro
A primeira e única oportunidade de golo do Estoril surgiu aos 83 minutos, numa altura em que o Sporting baixou o ritmo e ia gerindo a partida. Na sequência de um canto no lado direito, a bola sobrou para Tiago Araújo que rematou forte e rasteiro ao poste, com a bola a sair pela linha de fundo. Um sinal de perigo para uma equipa que somou o quinto jogo consecutivo sem conseguir marcar fora de portas.
Também o Sporting não quis ficar atrás e voltou a ficar perto do golo, aos 90 minutos, com Chermiti a rodar bem na área e a mostrar espontaneidade, mas Dani Figueira defendeu e negou o golo ao jovem avançado leonino.
Com este resultado, o Sporting encontra-se no quarto lugar com 44 pontos, a cinco do SC Braga (defronta o Vitória Guimarães) e agora a sete do FC Porto, segundo classificado, o primeiro que dá acesso direto à Liga dos Campeões. Já o Estoril ocupa o 15.º lugar com 22 pontos, mais seis que o Marítimo, que ocupa o lugar do play-off de manutenção.
Homem do jogo Flashscore: Francisco Trincão (Sporting)
