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Van Gaal deixa Países Baixos sem perder um jogo no Campeonato do Mundo

Bruno Henriques
Van Gaal fez 12 jogos em Mundiais com os Países Baixos
Van Gaal fez 12 jogos em Mundiais com os Países BaixosAFP
Após a eliminação diante da Argentina, o treinador neerlandês de 71 anos confirmou o ponto final na passagem pela Laranja Mecânica. Guiou a equipa em dois Mundiais e não perdeu qualquer partida durante o tempo regulamentar.

Não vou continuar, foi o meu último jogo. Fizemos 20 jogos e não perdemos nenhum (14 vitórias e seis empates). Foi uma experiência muito boa”. Foi assim que Louis van Gaal confirmou aos jornalistas o ponto final na terceira passagem pelo banco dos Países Baixos.

Com 71 anos, o experiente treinador deixou a equipa após a eliminação nos quartos de final do Mundial-2022, diante da Argentina. Uma despedida amarga já que acontece sem nenhuma derrota durante o tempo regulamentar desde que assumiu a Laranja Mecânica em 2021.

De resto, Louis van Gaal participou no segundo Campeonato do Mundo da carreira e nas duas edições nunca foi derrotado durante dos noventa minutos. Quer em 2014, quer em 2022 foi sempre eliminado nos penáltis pela Argentina, sendo que no Brasil a derrota chegou nas meias-finais e agora, no Catar, foi nos quartos de final. Para o registo do técnico neerlandês ficam oito vitórias e quatro empates em 12 partidas no principal torneio de seleções.

Antigo treinador de Ajax, Barcelona, AZ Alkmaar, Bayern Munique ou Manchester United, Van Gaal liderou os Países Baixos em três ocasiões. Em 2000 pegou na equipa que pertencia a Frank Rijkaard, após o Europeu que se disputou em casa, mas falhou o apuramento para o Mundial-2002, ficando atrás de Portugal e República da Irlanda. 14 anos mais tarde regressou para ficar no terceiro lugar do Campeonato do Mundo e agora em 2022 despediu-se nos quartos de final, isto num ano em que se viu obrigado a lutar contra um cancro na próstata, diagnosticado em feveiro.

Mordaz nas declarações, Van Gaal teve uma última passagem recheada de assuntos quentes, nomeadamente no Campeonato. Desde a não convocatória do experiente guarda-redes Cillessen, internacional em 63 ocasiões, em detrimento de Pasveer e Noppert, que iam fazer as primeiras competições, às declarações de amor à mulher em frente aos jornalistas, os beijos com Depay e as críticas à Argentina e Brasil para defender a forma de jogar da Laranja Mecânica.