Em 2021, Peng Shuai acusou o antigo vice-primeiro ministro chinês Zhang Gaoli de abuso sexual, numa publicação feita nas redes sociais, mas rapidamente eliminada da internet do país. Mais tarde, a antiga tenista negou ter feito aquela acusação.
Depois da publicação, foram várias as vozes internacionais que questionaram a segurança de Peng Shuai, antes da WTA ter suspendido os torneios realizados na China, decisão que custará ao circuito feminino um valor considerável em transmissões e patrocínios.
No final do ano passado, a WTA lançou um calendário provisório de torneios para 2023, no qual listou a programação até setembro, não ficando claro quais os eventos a realizar na China.
"Não houve qualquer alteração na posição da WTA quanto ao regresso à China e apenas confirmámos o calendário para 2023 até ao Open dos Estados Unidos", explicou a entidade em comunicado, reforçando que "um regresso à região (China) requere a resolução da situação de Peng, que deu um passo corajoso ao manifestar-se publicamente, acusando um líder do governo chinês de agressão sexual".
"Como faríamos com qualquer outra jogadora a nível mundial, pedimos uma investigação formal às alegações pelas autoridades apropriadas, bem como uma oportunidade para a WTA se reunir com Peng, em privado, para debater a sua situação", acrescentou na nota.
A WTA sublinha ter recebido a confirmação de que Peng estaria em segurança e confortável, mas ainda não conseguiu reunir com a ex-atleta pessoalmente.
"Continuamos a manter firmemente a nossa posição e os nossos pensamentos permanecem com Peng. A WTA continua a trabalhar no sentido de econtrar uma solução", vincou a entidade.
"Como sempre indicámos, estamos esperançados de que voltaremos a estar em posição de operar eventos WTA na região, mas não vamos comprometer os nossos princípios basilares para o fazermos", alertou.