"Acima de tudo, um sentimento de orgulho e honra por pertencer a este grupo de trabalho, de grandes homens. Disse que este grupo foi montado para fazer história, não sei se existe no Brasil uma equipa que ganhou tanto e este grupo vai sempre procurar mais. É um grande orgulho fazer parte deste grupo", apontou Abel Ferreira, na conferência de imprensa do jogo de consagração, diante do Fortaleza, que terminou com nova vitória do Palmeiras (4-0).
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Muito satisfeito por ajudar a levar a cabo "um ano para relembrar", o técnico português elogiou "uma equipa que não joga bonito, mas joga bem" e garantiu que nos corações dos elementos do grupo de trabalho "cabem todos, os que gostam e os que não gostam".
"Não andámos atrás de recordes, mas fizemos uma campanha extraordinária na Libertadores, golos marcados, sofridos, uma equipa muito competitiva. A nossa autoestima é tão grande que temos espaço para aqueles que gostam de nós e para aqueles que não gostam. Mas aqueles que não gostam vão ter de nos engolir de qualquer jeito, porque os números estão aí. É inegável o que esta equipa faz. E contra factos não há opiniões que nos façam mal, porque nos nossos corações cabem todos".
Após uma temporada em que a equipa "bateu os recordes que bateu, que foi eliminada da Taça (do Brasil) como foi, que fez uma grande Libertadores", Abel Ferreira assegura que não vai "virar as costas a estes jogadores", mas admite ajustes no plantel tendo em vista a próxima época. "Uma ou duas mexidas que irão acontecer são pelas saídas, como o (Gustavo) Scarpa e quem quer jogar mais. Para cada saída, teremos uma entrada. As medidas serão sempre a partir das saídas ou se vender, se não houver vendas não haverá mexidas".
Agora, é tempo de olhar em frente e começar a preparar o futuro com a mesma ambição demonstrada até aqui. "Os meus valores enquanto homem não se alteram com os títulos que ganho, não é isso que me guia. Não prometi títulos quando cheguei, prometo muito trabalho, valorizámos o clube. É uma estrutura que tem um projeto, um clube muito organizado", sustenta o treinador, que pretende "continuar a ganhar":
"Confesso que sou ambicioso, difícil satisfazer-me com o que já ganhei, estou a pensar em continuar a ganhar. O que mais me enche de orgulho, num país em que quando se ganha se relaxa, é ter um grupo que não desiste… não são só os títulos, mas as batalhas que tivemos. Mágico é aquilo que não se vê, o que esse grupo fez poucas pessoas puderam ver. Fomos campeões no sofá, mas de longe fomos os melhores".
Depois de promover a estreia do jovem Endrick, que já tinha marcado por duas vezes antes do duelo diante do Fortaleza, Abel Ferreira lançou o avançado de 16 anos a titular e este correspondeu com mais um golo. "Tudo que fizemos foi muito bem feito. Parabéns ao treinador da formação só nós soubemos o que tivemos de fazer para renovar-lhe o contrato. O Endrick é um jogador fora da caixa, muito educado e não é necessário dizer muita coisa. Tivemos uma conversa e disse para nunca esquecer de onde veio, se tiver isso na mente terá um futuro risonho", afiançou.