Análise 11Hacks: A ameaça sul-coreana ao Brasil vem pelo ar

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Análise 11Hacks: A ameaça sul-coreana ao Brasil vem pelo ar
Coreia do Sul cria o maior perigo pelo ar, sobretudo nas bolas paradas
Coreia do Sul cria o maior perigo pelo ar, sobretudo nas bolas paradasProfimedia
Poucas pessoas esperariam ver três equipas da zona asiática nos oitavos de final do Mundial-2022. A Austrália conseguiu passar num grupo com França e Dinamarca, a Coreia do Sul fez o mesmo no grupo de Portugal, deixando o Uruguai pelo caminho. O Japão fez ainda melhor, ficando em primeiro lugar no grupo com Espanha e Alemanha, vencendo ambos.

A Austrália já foi eliminada pela Argentina, no passado sábado, por 1-2, e as outras duas jogam esta segunda-feira o seu destino. Enquanto o Japão surge com hipóteses perante a Croácia, já a Coreia do Sul vê todo o favoritismo pender para o lado do Brasil.

A análise de dados efetuada por especialistas em dados da 11Hacks mostra que a Coreia do Sul cria o maior número de oportunidades a partir dos flancos, sendo muito perigosa especialmente a partir da esquerda.

Um dos homens mais importantes da selecção orientada pelo português Paulo Bento é Jin-Su Kim, um dos jogadores com mais cruzamentos somados no Mundial-2022.

Jin-Su Kim tem uma média de cinco cruzamentos para a área adversária por jogo, o mesmo número que Borna Sosa, da Croácia, e Antonee Robinson, dos Estados Unidos. O único com maior número de cruzamentos foi o alemão David Raum, que deixou muito boa impressão no Catar.

Além disso, as cruzamentos de Jin-Su são muito precisos e criam boas oportunidades de remate. Na métrica das assistências esperadas, apenas Sergino Dest, Thomas Meunier e o supracitado Raum são melhores nesse capítulo e já nenhum deles irá melhorar as suas estatísticas, uma vez que já foram eliminados.

O Brasil tem, por isso, de ter atenção redobrada nos cruzamentos, sobretudo quando eles surgem através de bola parada. Os dados métricos mostram que apenas nove equipas criaram mais ocasiões de golo a partir de cantos e livres diretos do que a Coreia do Sul.

A estrela da formação orientada por Paulo Bento, Heung-Min Son, do Tottenham, tem o apoio direto de Kang-in Lee, médio ofensivo de 21 anos do Maiorca, de Espanha, na cobrança das bolas paradas. Para receber essas bolas destacam-se três nomes: os centrais Min-Jae Kim e Young-Gwon Kim, e o avançado Gue-Sung Cho.

Os sul-coreanos têm a oitava maior taxa de sucesso global nos cabeceamentos ofensivos. A Coreia do Sul  destaca-se ainda mais quando se analisa a taxa de sucesso dos duelos aéreos defensivos, onde são a sexta melhor seleção. Nos duelos aéreos ofensivos, são a 10.ª melhor.

Além disso, os jogadores sul-coreanos lêem bem o jogo no último terço do campo e têm mesmo a maior taxa de sucesso no ganho de ressaltos nessa zona do campo. O Brasil, por outro lado, parece vulnerável no ar. Por exemplo, a sua taxa de sucesso de cabeceamento em zona defensiva é a mais baixa de todas as equipas presentes no Mundial-2022.

A Coreia do Sul também tem resultados de qualidade em várias outras métricas de dados. Se uma equipa da metade adversária perder a bola, os sul-corenos ganham-na com uma média de 10 segundos (24,50% do tempo), naquele que é o sexto melhor registo do Mundial. A eficiência do Brasil é semelhante e, nesta altura, até está um lugar acima (5.º) que o adversário desta segunda-feira.

Recuperações de bola das seleções no Mundial-2022
Recuperações de bola das seleções no Mundial-202211Hacks

A terminar a análise da  Coreia do Sul, um outro nome salta à vista na análise dos dados: Kim Min-Jae. O central do Nápoles tem sido um dos melhores defesas do Campeonato do Mundo. Vence 85,71 por cento dos duelos pelo ar, tem um número elevadíssimo de toques na bola durante o jogo e, até agora, cometeu... zero faltas!

As habilidades de Min-Jae serão necessárias, mais do que nunca, tanto na defesa como no ataque, nas bolas paradas, diante do Brasil.