Contudo, a organização do Grand Slam britânico, que no ano passado não contou para as classificações ATP e WTA devido à decisão de impedir os atletas daquelas nacionalidades de participarem, espera manter a posição em 2023.
Questionada sobre a opção de Wimbledon, à margem do Open da Austrália, Billie Jean King mostrou-se contra a medida.
"Façam como os outros fazem", desafiou, propondo até que a organização retenha o valor monetário dos prémios obtidos pelos jogadores russos e bielorrussos.
"Deixem-nos jogar e fiquem com o dinheiro", sugeriu a antiga tenista.
Os atletas destas duas nacionalidades estão em prova na Austrália, ainda que em representação de uma bandeira neutra, e têm alcançado bons resultados no torneio.
No quadro feminino, as bielorrussas Victoria Azarenka e Aryna Sabalenka têm lugar garantido nas meias-finais e podem até defrontar-se na final de sábado.
Em conferência de imprensa, Sabalenka revelou que a questão a "afetou muito". "Foi duro e ainda o é. Mas não é culpa minha, não tenho controlo sobre isto. Se pudesse fazer algo, claro que o faria, mas não posso. Perceber isso ajuda-me a manter-me forte", explicou.
Nas meias-finais está também Elena Rybakina, russa naturalizada cazaque que conquistou o Grand Slam britânico em 2022 e que medirá forças com Azarenka na Austrália.
Apesar da conquista de Wimbledon, Rybakina é apenas a 22.ª cabeça-de-série do quadro feminino, uma vez que os pontos garantidos naquele torneio não foram contabilizados no ranking WTA.
"A questão dos pontos do ranking" também deve ser tida em conta, defendeu Billie Jean King, que vinca que os tenistas "devem tê-los" pelos resultados que alcançam.
No quatro masculino, o russo Karen Khachanov também disputará as meias-finais, ao passo que o compatriota Andrey Rublev caiu nos quartos perante Novak Djokovic.