Tour: Pogacar mais preocupado com namorada do que com tempo perdido para Vingegaard

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Tour: Pogacar mais preocupado com namorada do que com tempo perdido para Vingegaard

Segundo o bicampeão do Tour (2020 e 2021), o seu grande adversário estava “demasiado rápido na subida”
Segundo o bicampeão do Tour (2020 e 2021), o seu grande adversário estava “demasiado rápido na subida”AFP
Tadej Pogacar desvalorizou esta quarta-feira o tempo perdido para Jonas Vingegaard na quinta etapa da Volta a França em bicicleta, mostrando-se mais preocupado com a namorada Urska Zigart, que tem uma comoção cerebral leve após ter caído no Giro feminino.

“Estou mais triste por ouvir que a minha namorada caiu hoje no Giro e que pode ter uma concussão. Isso é mais triste do que perder um minuto para o Jonas, salientou o esloveno da UAE Emirates, referindo-se à queda que a também campeã eslovena de contrarrelógio sofreu durante a sexta etapa da Volta a Itália feminina e que a levou a abandonar a prova.

Pogacar perdeu esta quarta-feira 01.04 minutos para o dinamarquês da Jumbo-Visma, após não ter conseguido responder ao campeão em título da Grande Boucle quando este atacou na subida ao Col de Marie-Blanque, derradeira dificuldade da quinta etapa, ganha pelo novo camisola amarela, o australiano Jai Hindley (BORA-hansgrohe).

“Penso que quando o Sepp (Kuss) elevou o ritmo na subida, ele (Vingegaard) pôde ver que eu já estava no limite e decidiu atacar. Não consegui segui-lo, ele estava mais forte hoje”, reconheceu o líder da classificação da juventude.

Segundo o bicampeão do Tour (2020 e 2021), o seu grande adversário estava “demasiado rápido na subida”. “Que ataque! Não podemos fazer nada nestes casos, quando há alguém mais forte do que nós. Vou continuar a lutar, nada está perdido”, defendeu.

Apesar de admitir que se sentiu no limite nos dois derradeiros quilómetros da subida a Marie-Blanque, mostrou-se esperançoso de ter “melhores pernas” na sexta etapa, a primeira com chegada em alto - os 144,9 quilómetros, com partida em Tarbes, acabam em Cauterets-Cambasque, com a meta a coincidir com uma contagem de montanha de primeira categoria

“Penso que vai correr bem. Sinto-me bem, é o mais importante”, completou.

Vingegaard, por seu lado, confessou ter ficado surpreso quando Pogacar não respondeu ao seu ataque.

“No papel, esta etapa não me era favorável, mas, na última subida, senti que tinha boas pernas. Disse ao Sepp para ir para a frente e ataquei. Fiquei surpreendido quando o Pogacar não me conseguiu seguir. Queria testá-lo um pouco, as minhas pernas estavam verdadeiramente bem”, revelou.

O dinamarquês é agora segundo da geral, a 47 segundos de Hindley, com o líder da UAE Emirates a 01.40 minutos do camisola amarela.

“Estou superfeliz com a minha performance de hoje, de ter conseguido já um minuto de vantagem sobre ele”, assumiu, sem querer, no entanto, apresentar-se como o grande favorito a revalidar o título: “Não sei. Continuaremos a fazer o nosso melhor e veremos onde isso nos leva”.

Quem hoje consolidou a candidatura ao pódio final da Volta a França, que acaba em 23 de julho, em Paris, foi mesmo Hindley, que “queria ganhar o máximo de tempo possível e também a etapa”, e acabou por ver-se com a camisola amarela vestida, depois de integrar a numerosa fuga do dia, composta por 36 elementos.

“Não estava à espera de estar na fuga, pensei que ia ser uma grande luta e foi. Encontrei-me ali e aproveitei ao máximo a oportunidade. Inicialmente, só queria ganhar tempo aos outros tipos da geral e, depois, surgiu a oportunidade de ganhar a etapa e dei tudo nesta última subida. Aconteceu chegar à amarela, o que não é nada mau, não me posso queixar”, brincou.

O ciclista de Perth, de 27 anos, confessou que liderar a Volta a França “é um sonho tornado realidade”.

“É incrível. Todos os ciclistas sonham vestir o maillot jaune e é um enorme privilégio e honra. (…) Via (a prova) desde que tinha seis anos e sempre sonhei correr o Tour, por isso estar aqui a liderar a corrida, ganhar uma etapa… é ridículo, não consigo acreditar”, reforçou o afável ciclista da BORA-hansgrohe.

Vencedor do Giro2022 e vice da edição de 2020, Hindley está a estrear-se na ‘Grande Boucle’ e a experiência não podia estar a ser melhor, ainda que seja cauteloso e prefira não lançar uma candidatura à amarela final.

“Não sabia o que esperar, é o meu primeiro Tour, e penso que é difícil vir para cá com objetivos tão gigantes (ganhar), mas claro que quero ser competitivo, ter sucesso de alguma forma. Acabei de ganhar uma etapa na Volta a França, mate! É mesmo incrível”, notou.