Tour: Pogacar prevê que "combate de líderes" vai traduzir-se numa decisão renhida

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Tour: Pogacar prevê que "combate de líderes" vai traduzir-se numa decisão renhida

O líder da juventude atacou a quatro quilómetros do alto de Joux Plane
O líder da juventude atacou a quatro quilómetros do alto de Joux PlaneTwitter/UAE Team Emirates
Tadej Pogacar previu que a decisão do vencedor da Volta a França em bicicleta será “muito renhida”, após este sábado ter cedido um segundo para Jonas Vingegaard na luta pelas bonificações, numa edição transformada num “verdadeiro combate de líderes”.

“É duro deixar (para trás) o Jonas, os Jumbo (Visma) fizeram um bom trabalho. No final, tentei, mas o Jonas estava forte e não consegui fazê-lo descolar. Voltei a tentar na parte final da última subida, sem sucesso”, recordou o esloveno da UAE Emirates.

O líder da juventude atacou a quatro quilómetros do alto de Joux Plane e deixou o dinamarquês de 26 anos sem resposta, mas o campeão em título seguiu ao seu ritmo e alcançou o seu vice na geral, acabando mesmo por conquistar os oito segundos de bonificação atribuídos no ponto quente que coincidia com o topo daquela contagem de categoria especial.

No entanto, Pogacar foi prejudicado pelas motos que seguiam na corrida e que travaram, acidentalmente, a sua arrancada para somar o maior número de segundos no alto. “Ataquei uma última vez, com as últimas forças que me restavam, mas as motos não saíram da frente”, lamentou.

O esloveno de 24 anos, que agora está a 10 segundos de Vingegaard, reconheceu que procurava os oito segundos atribuídos no Col de Joux Plane – conquistou apenas cinco -, mas também os 10 concedidos ao vencedor da etapa, que hoje foi o espanhol Carlos Rodríguez (INEOS), novo terceiro da geral, a 04:43 minutos do camisola amarela.

Ao ser segundo em Morzine, no final da 14.ª etapa, somou mais seis, com o dinamarquês da Jumbo-Visma a conquistar outros quatro por ter sido terceiro, também a cinco segundos do jovem espanhol.

“Foi um bom dia, mas as bonificações (que pretendia) teriam sido formidáveis, ou ganhar a etapa… mas se fizer um balanço, há coisas positivas. A equipa esteve muito forte”, reiterou.

Pogi assumiu ainda estar convencido de que a decisão deste Tour será “muito renhida”: “Depois de tudo o que já corremos, há apenas alguns segundos entre nós e acho que vai continuar assim nos próximos dias”.

A mesma ideia foi defendida pelo campeão em título, que voltou a salientar a “grande batalha” que está a travar com o bicampeão do Tour (2020 e 2021) e ‘vice’ da passada edição.

“Os dois estamos a dar o máximo, é um verdadeiro combate de líderes, e nessa luta somei um segundo mais”, destacou o chefe de fila da Jumbo-Visma.

Vingegaard admitiu que quando Pogacar atacou no Col de Joux Plane preferiu não ‘ir ao choque’ e subir, sim, ao seu ritmo.

“Não queria entrar na reserva e ficar em dificuldade. Felizmente, pude apanhá-lo”, congratulou-se o dinamarquês, que lidera o Tour desde a sexta etapa, quando destronou Jai Hindley.

O australiano da BORA-hansgrohe foi mesmo um dos grandes derrotados da 14.ª etapa, vivendo uma jornada para esquecer nos 151,8 quilómetros entre Annemasse e Morzine, após ter ficado envolvido na queda coletiva ocorrida logo ao quilómetro cinco.

“Depois da queda, senti dores durante todo o dia. Penso que não é nada demasiado sério, talvez algum tecido muscular. Sofri muito, especialmente fora do selim. Claro que está longe de ser o ideal num dia como este, mas é assim o ciclismo”, descreveu, citado pela sua equipa.

O vencedor do Giro2022 desceu ao quarto lugar da geral, embora esteja apenas a um segundo de Carlos Rodríguez.

“Tendo em conta as circunstâncias, penso que me saí bem e estou bastante satisfeito pela forma como correu (a etapa). Agora, tenho de ver como posso recuperar para amanhã (domingo)”, concluiu.

No domingo, há nova etapa alpina, uma ligação de 179 quilómetros entre Les Gets e Saint-Gervais Mont-Blanc, com três contagens de primeira categoria no percurso, a última das quais a coincidir com a meta.