Após intermináveis negociações, apesar de disporem de todas as autorizações e de cumprirem os requisitos estabelecidos pelos regulamentos, as autoridades governamentais não conseguiram assegurar a assistência das forças da ordem necessárias para garantir a segurança da corrida e de todos os seus participantes nas duas etapas seguintes. Perante esta situação anómala, fora do controlo da organização, não houve outra alternativa senão suspender a prova, realizando-se apenas o contrarrelógio previsto para esta sexta-feira, na localidade de Alcaudete.
Depois de, na passada quarta-feira, as autoridades terem ordenado a retirada das tropas da Guardia Civil que tinham sido afetadas à prova, esta organização fez um esforço sobre-humano para poder realizar a prova.
"A organização agradece o esforço titânico de todos e de cada um dos diferentes municípios, câmaras municipais, associações, Junta de Andaluzia, equipas e ciclistas, UCI, Federação Andaluza de Ciclismo, Real Federação Espanhola de Ciclismo, empresas comerciais, membros da organização e da sua equipa técnica, bem como à Agrupación de Tráfico e a outras forças e organismos de segurança do Estado, à Delegação do Governo e a outras instituições, pela sua ajuda e colaboração para inverter esta situação totalmente excecional, da qual fomos um dano colateral na Andaluzia, em Espanha e na Europa", pode ler-se no comunicado oficial.
"Não se trata apenas do importante dano económico e de imagem causado à organização, mas também do grave dano à imagem do ciclismo andaluz e espanhol, por isso, queremos agradecer as muitas manifestações de apoio e solidariedade que recebemos durante estes dias", acrescenta a nota.