Esta 6.ª etapa da Vuelta teve uma reviravolta. A subida final do Pico del Buitre prometia ser grande e deveria ter dado origem a uma luta entre os principais líderes. Mas, em vez disso, rapidamente formou-se uma monstruosa fuga.
40 ciclistas, nomes famosos como Sepp Kuss (Jumbo-Visma), Marc Soler (Team UAE Emirates), Mikel Landa (Bahrain-Victorious), Lennard Kämna (Bora-Hansgrohe), Hugh Carthy (Ef Education EasyPost), Rui Costa (Intermarché-Circus-Wanty) e do lado francês, duas grandes cartas com Romain Bardet (Team DSM-Firmenich) e sobretudo Lenny Martinez (Groupama-FDJ).
A fuga chegou a uma vantagem de até seis minutos sobre pelotão que acabou por reduzir a diferença para metade antes da última subida. Assim, a luta pela vitória da etapa e pela classificação geral estava prestes a desenrolar-se a dois níveis. Depois de uma lógica de perdas no grupo da frente, Einer Rubio (Movistar) foi o primeiro a tentar a sua sorte a 4 quilómetros do final.
A dupla Bardet/Martinez respondeu e juntou-se ao líder, acompanhado por Sepp Kuss. O americano, em grande forma, ultrapassou toda a gente e venceu. Atrás, Primoz Roglic agita o grupo dos líderes, seguido do companheiro de equipa Jonas Vingegaard, e provocou a quebra de Remco Evenepoel (Soudal-QuickStep), o camisola vermelha.
Na frente, Sepp Kuss nunca foi apanhado e fez uma etapa soberba, mas o principal foi Lenny Martinez, que ficou em 2.º lugar na etapa - à frente de Bardet - e, com apenas 19 anos, conquistou a camisola vermelha de líder da Vuelta. É incrível, mas é a confirmação do talento do trepador francês. Evenepoel perdeu cerca de trinta segundos para a dupla do Jumbo, mas a batalha ainda agora começou.