Antes do decisivo jogo com Espanha (domingo, 19 horas) que pode significar a eliminação na fase de grupos do Mundial-2022, a Alemanha viu-se envolvida em nova polémica. Este sábado, Hansi Flick enfrentou sozinho os jornalistas na antevisão do jogo, no centro de imprensa em Doha, enquanto o regulamento ditava que devia ter um jogador a seu lado.

Questionado sobre o assunto, o selecionador germânico justificou a decisão pela longa viagem. É que a Alemanha encontra-se a 100 quilómetros da capital, com a base de operações fixada em Al-Ruwais.

“Não queremos submeter ninguém a uma viagem tão longa, é demasiado tempo a conduzir. Todos os jogadores são importantes e por isso não trouxemos nenhum, estão a preparar-se para o treino desta tarde. Acho que podíamos ter feito isto na nossa base de operações, tinha sido melhor. Estamos desiludidos, porque temos um centro de imprensa muito bom lá. As coisas são como são e temos de aceitar como outras situações”, explicou.

Recorde-se que a Federação Alemã de Futebol (DFB) encontra-se em conflito com a FIFA sobretudo depois da recusa na permissão de utilizar as braçadeiras de capitão com uma mensagem de apoio à comunidade LGBTQI+. Antes do jogo com o Japão, os jogadores taparam a boca e este parece ser mais um momento de protesto, que deverá valer uma sanção pecuniária.

Quanto ao duelo com Espanha, Hansi Flick mostrou confiança num bom resultado.

“Vai ser crucial vencer os duelos individuais e dar o nosso melhor. A Espanha joga num 4x3x3 há muito tempo, não muda perante nenhum adversário, e já tem alguns automatismos. Nós temos um plano e acreditamos que vai funcionar”, explicou.

Depois da derrota com o Japão, a Alemanha está obrigada a evitar a derrota diante de Espanha para evitar a eliminação precoce do Mundial-2022. Seria a segunda vez consecutiva para os germânicos que em 2018 não conseguiram passar um grupo que tinha Suécia, Coreia do Sul e México.