O interesse dos Estados Unidos pelo desporto tem sido impulsionado nos últimos anos pelo programa de sucesso da Netflix, "Drive to Survive", e o frenesim vai aumentar quando os melhores pilotos do desporto correrem na famosa Las Vegas Strip, na noite de 18 de novembro.
"É fantástico que a Fórmula 1 tenha finalmente vingado na América do Norte", disse Zak Brown, numa entrevista à Reuters.
"Aconteceu muito mais rápido e de forma mais significativa do que eu jamais pensei ser possível, o que é uma ótima notícia", acrescentou.
O conhecimento do desporto nos Estados Unidos caiu a pique, depois de o Grande Prémio dos EUA ter sido retirado do calendário da F1 em 2008, mas recuperou fortemente quando encontrou uma casa em Austin, em 2012.
Zak Brown disse que a F1 atraiu uma gama mais ampla de fãs desde que foi comprada pela Liberty Media, em 2016, e espera que a emoção de uma terceira corrida nos Estados Unidos se traduza num aumento de audiências para a ESPN, que transmitirá as corridas até 2025.
"Agora temos três locais fantásticos, Miami, Las Vegas e Austin, e temos um novo contrato de televisão em que gastaram muito mais, por isso vão investir muito mais no produto", disse Zak Brown, que é natural de Los Angeles.
"As corridas estão todas esgotadas, a hospitalidade corporativa está fora de série. A notoriedade da Fórmula 1 é fantástica, mas as audiências televisivas na América do Norte, em comparação com outras formas importantes de desporto, ainda são muito baixas", disse Brown.
"Há muito espaço para o crescimento da audiência na América", defendeu.
Espera-se que o regresso da Fórmula 1 a Las Vegas, após uma ausência de décadas, seja um dos maiores espectáculos desportivos do ano, com a presença de mais de 105.000 fãs por dia, começando com os treinos abertos, a 16 de novembro.
Os organizadores estimam que o evento injetará cerca de 1,2 mil milhões de dólares na economia local.
"Las Vegas é o bilhete desportivo mais concorrido, não apenas na América do Norte, mas em todo o mundo", afirmou Zak Brown.
Entretanto, um filme ainda sem título, protagonizado pelo vencedor de um Óscar, Brad Pitt, do realizador de "Top Gun: Maverick", Joseph Kosinski, tem estado a ser filmado em pistas de corridas.
"Penso que todos nós vimos Top Gun e imaginámos ser um piloto de caça e Tom Cruise quando crescemos, ou pelo menos foi esse o impacto que o filme teve em mim. E acho que é esse o impacto que o filme vai ter em homens e mulheres, rapazes e raparigas de todo o mundo. Eles vão pensar, este desporto é fixe. Por isso, acho que vai trazer novos fãs e acho que as pessoas vão ficar fascinadas. O filme do Brad Pitt, o novo contrato televisivo, juntando tudo isso, acho que ainda é cedo na América", explicou Zak Brown.