O Tribunal Superior de Barcelona pronunciou-se sobre o caso de agressão sexual que envolveu o antigo jogador do Sevilha e do Barcelona Dani Alves. Foi condenado a quatro anos e seis meses de prisão e a mais cinco anos de liberdade condicional. Além disso está impossibilitado de comunicar com a vitíma durante nove anos e seis meses, bem como a ter de pagar uma multa de 150 mil euros.
"A sentença considera que ficou provado que a vítima não consentiu e que existem provas, para além do testemunho do queixoso, que permitem considerar provada a violação", declarou o tribunal em comunicado.
O internacional canarinho tinha afirmado que as relações sexuais tinham sido consensuais quando confrontado com a acusão. Contudo, o Ministério Público pretendia uma pena de nove anos de prisão.
O antigo defesa do Barcelona, de 40 anos, foi detido em janeiro do ano passado e tem estado em prisão preventiva desde então.O caso atraiu grande atenção não só devido ao perfil mediático de Dani Alves, mas também porque a violência de género se tornou um tema cada vez mais dominante no discurso público espanhol.
É um dos julgamentos mais mediáticos em Espanha desde que uma lei aprovada em 2022 tornou o consentimento um elemento-chave nos casos de agressão sexual e aumentou a pena mínima de prisão para abusos sexuais que envolvam violência.
Acabado de participar no Mundial-2022 com o Brasil, Dani Alves estava a passar férias em Barcelona, antes de regressar ao México, onde jogava no Pumas. Além dos catalães e andaluzes, o lateral-direito também representou Juventus, PSG e São Paulo, sendo que foi formado no Bahia.