Dani Alves: "Em momento algum ela disse que não queria"

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Dani Alves: "Em momento algum ela disse que não queria"
Dani Alves no tribunal em Barcelona
Dani Alves no tribunal em BarcelonaAFP
Dani Alves, antigo internacional brasileiro, detido desde janeiro do ano passado, depôs esta tarde em Barcelona.

Dani Alves (40 anos) contou ao tribunal a sua versão dos factos.

"Só há uma casa de banho ao lado da mesa dos seis. Sou cliente frequente do Sutton e sempre que essa mesa está disponível, não tenho de atravessar o clube para lá ir. A porta estava aberta. Chegámos à cabina, começámos a beber e a dançar com o Bruno durante algum tempo", começou por dizer o antigo jogador do Barcelona.

"Primeiro vieram duas raparigas e dançaram lá um bocado. Depois convidaram as três raparigas, a queixosa e as suas amigas. Não se sentiram nada desconfortáveis. Chegaram e começaram a cumprimentar-nos. Começou uma conversa, andámos de um lado para o outro, falámos uns com os outras. Eu sou uma pessoa muito próxima, mas com respeito", disse Dani Alves.

O brasileiro reitera que foi tudo voluntário e que foi a rapariga que se atirou a ele.

"Disse-lhe que ia primeiro à casa de banho e esperei um pouco, pensando que ela não viria, que não queria vir. E quando abri a porta, praticamente dei de caras com ela. Ela pôs-se de joelhos à minha frente e começou a fazer-me sexo oral. Baixei as calças e sentei-me na sanita, com as costas encostadas ao fundo. A felação foi praticamente todo o ato sexual. Depois, ela sentou-se à frente das minhas pernas, quando foi ejacular e eu ejaculei no sexo dela", contou o internacional brasileiro.

Arruinado

Em lágrimas, o antigo jogador do Barcelona e do Sevilha explicou a sua atual situação financeira.

"Estava praticamente arruinado porque tinham bloqueado a minha conta no Brasil e tinham quebrado todos os meus contratos", assumiu.

"Recebi a notícia de que estava a ser acusado de violação através da imprensa. O mundo desabou sobre mim", acrescentou Dani Alves.

Vítima ainda está de licença

Pouco depois, o Ministério Público tomou a palavra e explicou a versão dos factos apresentada pela vítima.

"É extremamente injusto culpá-la por esta situação. Um ano depois, ela ainda está de baixa médica. O facto de uma mulher aceitar uma bebida numa sala privada não significa que esteja sexualmente interessada. Não significa que não tenha havido consentimento. Ela implorou e não se debateu. O médico legista explicou que se pode congelar e foi isso que aconteceu. Ela ficou sem ar. Queria que o pesadelo acabasse", afirmou.