Enner Valencia pode superar recorde que divide com Eusébio, Paolo Rossi e Salenko

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Enner Valencia pode superar recorde que divide com Eusébio, Paolo Rossi e Salenko
Enner Valencia procura o recorde de golos consecutivos e a qualificação do Equador para os oitavos-de-final do Mundial-2022
Enner Valencia procura o recorde de golos consecutivos e a qualificação do Equador para os oitavos-de-final do Mundial-2022AFP
O avançado equatoriano marcou seis golos consecutivos entre os Campeonatos do Mundo de 2014 e 2022, algo que apenas o português Eusébio (em 1966), o italiano Paolo Rossi (em 1982) e o russo Oleg Salenko (em 1994) haviam conseguido na história.

Caso Enner Valencia consiga marcar o primeiro golo do Equador no jogo desta terça-feira, diante do Senegal, tornará-se-á o primeiro jogador da história a marcar sete tentos seguidos na prova, superando a concorrência.

Eusébio guiou Portugal à melhor prestação de sempre num Mundial

Pantera Negra foi o primeiro jogador a conseguir seis golos consecutivos, no Mundial da Inglaterra, em 1966. Depois de não ter conseguido fazer balançar as redes no primeiro jogo contra a Hungria (3-1), marcou o segundo golo dos três contra a Bulgária (3-0), e brilhou no terceiro jogo, quando Portugal venceu o Brasil por 3-1, com Eusébio a marcar os dois últimos golos.

Nos quartos-de-final, a formação lusa defrontou a surpreendente Coreia do Norte, que aos 25 minutos já vencia por 3-0, mas Eusébio liderou a reviravolta, marcando quatro golos, dois deles de penálti, em meia hora, entre os 27 e os 59 minutos.

O golo de José Augusto, que fixou o resultado em 5-3, quebrou a sequência de golos de Eusébio, que ainda marcaria mais dois no torneio, o da derrota na meia-final diante da Inglaterra (2-1) e um dos dois tentos que deram o terceiro lugar à seleção portuguesa (vitória por 2-1 sobre a União Soviética).

Paolo Rossi, o "homem-golo" do título italiano

Rossi reapareceu a tempo de disputar o Campeonato do Mundo de Espanha, em 1982, após cumprir uma dura sanção pelo seu envolvimento no escândalo de manipulação de resultados que ficou conhecido na Itália como Totonero. Nem o histórico da azzurra no torneio, nem o do jogador, prenunciavam o que se seguiria.

A Itália ficou em segundo lugar no seu grupo, com três empates, e Paolo Rossi não conseguiu marcar qualquer golo contra Polónia, Perú e Camarões, o que obrigou os italianos a disputarem uma segunda fase, num grupo de três seleções, no qual se incluíam dois dos grandes favoritos: o Brasil de Zico e a Argentina de Maradona.

A Itália derrotou a Argentina (então campeã mundial) por 2-1, mas Rossi também não conseguiu festejar conseguiu marcar, deixando para o jogo seguinte aquele que foi o seu grande dia, com um hat-trick contra o Brasil. A azzurra venceu por 3-2 num duelo épico que ficou conhecido como a Tragédia do Sarriá, por ter colocado um ponto final nas aspirações brasileiras.

Depois, o avançado marcou por duas vezes contra a Polónia nas meias-finais (2-0) e abriu o marcador na final, na qual a Itália venceu a Alemanha (3-1), sagrando-se tricampeã. Rossi foi decisivo na reta final da campanha da sua seleção, com golos nos quartos-de-final, nas meias-finais e na final.

A glória efémera de Oleg Salenko

Em 1994, nos Estados Unidos, Salenko marcou cinco dos seus seis golos num único jogo, na goleada por 6-1 sobre os Camarões, vitória que não impediu a eliminação da Rússia, que havia perdido na estreia contra o Brasil (2-0) e, depois, contra a Suécia (3-1), jogo em que Salenko marcou seu primeiro golo.

Para Oleg Salenko, servirá de alento manter-se até hoje como o jogador que mais golos marcou num jogo do Campeonato do Mundo (5).

Enner Valencia em busca do recorde

Se os três anteriores alcançaram a marca numa única edição do Mundial, Valencia conseguiu o feito em duas, com a dificuldade adicional de o Equador não ter se qualificado para a última edição, na Rússia (2018).

No Mundial do Brasil, em 2014, o avançado marcou o único golo dos equatorianos na derrota diante da Suíça no primeiro jogo (2-1) e os dois na vitória sobre as Honduras (2-1), mas não marcou no empate (0-0) contra a França, que eliminou a sua seleção.

No Catar, o jogador de 33 anos, que representa o Fenerbahçe, apontou dois tentos na vitória na estreia, contra a seleção da casa (2-0), e marcou o golo do empate contra os Países Baixos (1-1).

O resultado diante dos neerlandees faz com que os equatorianos precisem apenas de um empate contra o Senegal para se qualificarem para os oitavos-de-final. Se o conseguir, o Equador iguala o melhor a sua melhor prestação nas quatro participações em Campeonatos do Mundo, já que alcançou os oitavos na Alemanha, em 2006.