Fernando Santos obrigado a contrariar a sua lógica na hora de fazer o onze de Portugal

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Fernando Santos obrigado a contrariar a sua lógica na hora de fazer o onze de Portugal

Fernando Santos está obrigado a fazer, pelo menos, duas alterações na equipa inicial
Fernando Santos está obrigado a fazer, pelo menos, duas alterações na equipa inicialAFP
O selecionador nacional, Fernando Santos, costuma ser conservador nas opções iniciais para o segundo jogo em fases finais de grandes competições, mexendo pouco, ou não mexendo, de todo, em relação às partidas de estreia. No entanto, terá de tomar outras medidas diante do Uruguai, uma vez que Danilo e Otávio estão lesionados.

Assim, o técnico não poderá dar sequência ao que fez no Euro-2016, no Mundial-2018 e no Euro-2020, quando utilizou um onze quase igual ao que iniciou o jogo inaugural. Nas três fases finais de grandes competições em que liderou Portugal, Fernando Santos não fez mais do que uma alteração do primeiro para o segundo jogo, ainda que, como se sabe, as opções dos treinadores tenham em conta o adversário que se enfrenta, mas também eventuais constrangimentos físicos ou disciplinares de jogadores.

Na primeira fase final ao leme da equipa das quinas, no Campeonato da Europa de 2016, de tão boa memória para os portugueses, o selecionador mudou uma peça do jogo com a Islândia (1-1) para o duelo com a Áustria (0-0), tirando João Mário, titular com os nórdicos, e lançando Ricardo Quaresma, diante dos austríacos.

Este jogo conta com relato áudio no Flashscore
Este jogo conta com relato áudio no FlashscoreFlashscore

Dois anos depois, no campeonato do Mundo de 2018, sucedeu precisamente o mesmo entre o encontro com a Espanha (3-3) e a partida com Marrocos (vitória por 1-0), curiosamente com João Mário novamente na equação, mas dessa feita entrando para o posto de Bruno Fernandes, que tinha alinhado de início com os espanhóis.

Já na última competição, o Euro-2020, disputado no ano passado, Fernando Santos não promoveu qualquer alteração sequer, utilizando a mesma formação titular na estreia, com a Hungria (vitória por 3-0), e na segunda jornada, com a Alemanha (derrota por 4-2).

Neste particular, o conservadorismo do treinador luso, que está à frente da seleção nacional desde 2014, é ainda mais reforçado se se recuar até ao período em que liderou a Grécia, sendo que no Mundial-2014 trocou dois jogadores entre a derrota com a Colômbia (0-3) na estreia e a vitória ante o Japão (1-0), lançando Fetfatzidis e Mitroglou para os lugares de Salpingidis e Gekas.

A exceção surgiu há uma década, precisamente na primeira fase final em que participou, o Euro-2012, também com os helénicos, em que alterou quatro peças do empate com a Polónia (1-1) para o desaire com a República Checa (1-2): Avraam Papadopoulos, Sokratis (expulso frente aos checos), Ninis e Gekas deram lugar a Kyriakos Papadopoulos, Fotakis, Salpingidis e Fortounis.