Seleção de futebol de Macau regressa após três anos de pausa devido à COVID-19

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Seleção de futebol de Macau regressa após três anos de pausa devido à COVID-19
Macau vai defrontar Singapura no domingo
Macau vai defrontar Singapura no domingo
AFM
Macau vai voltar a jogar no domingo, quando defrontar a congénere de Singapura, tornando-se uma das últimas seleções de futebol a regressar aos jogos, depois da pausa imposta pela pandemia de COVID-19.

A partida marca ainda a estreia do luso-angolano Lázaro Oliveira, antigo treinador do Estrela da Amadora, que assinou contrato com a Associação de Futebol de Macau (AFM) em outubro de 2019, mas que regressou a Portugal em março de 2020.

Lázaro Oliveira só conseguiu voltar a Macau após a região chinesa ter abandonado, em meados de dezembro, a política de zero COVID que incluía a restrição das entradas e quarentenas que chegaram a ser de 28 dias.

“Acabou por ser estranho e é evidente que isto retardou tudo aquilo que tínhamos planeado para a evolução, o desenvolvimento da seleção de Macau”, disse este sábado o selecionador à Lusa.

Também um dos capitães da seleção, o avançado luso-sul-africano Nicholas Torrão, lamentou hoje à Lusa o impacto da pandemia: “Perdemos três anos de competição”.

A última partida de Macau foi em junho de 2019, quando um golo do defesa Filipe Duarte, jogador de origem portuguesa, garantiu a primeira vitória macaense em qualificações para campeonatos do mundo, ao bater o Sri Lanka por 1-0, em casa.

A equipa acabou por não seguir em frente, uma vez que a AFM decidiu não enviar a seleção para disputar a segunda mão no Sri Lanka, por razões de segurança, após mais de 250 pessoas terem morrido em ataques bombistas em 21 de abril de 2019.

De acordo com o portal da FIFA na Internet, as únicas outras seleções que continuam longe dos relvados são a Samoa e a Samoa Americana, devido à pandemia, e Tonga, que ainda está a recuperar de um tsunami, que, em janeiro de 2022, afetou mais de 80% da população.

Ainda assim, Nicholas Torrão está confiante após a nomeação de “uma equipa técnica profissional”, que inclui o português Pedro Simões como adjunto. “Os treinos têm sido de alto nível, muito exigentes”, diz o avançado.

Lázaro Oliveira admitiu que ainda se está a adaptar a uma realidade em que todos os jogadores são amadores. “Temos pouco tempo para treinar”, sublinhou o selecionador.

“O treinador diz-nos que, mesmo não sendo profissionais, quando aceitamos o compromisso de representar Macau, devemos dar o nosso melhor, como profissionais”, disse Nicholas Torrão.

Devido a lesão, o jogador de 35 anos não vai jogar contra Singapura, mas a primeira convocatória de Lázaro Oliveira inclui Filipe darte e Amâncio Goitia, igualmente de origem portuguesa.

O selecionador espera poder marcar mais jogos particulares para preparar “como deve ser” a primeira eliminatória da qualificação asiática para o Mundial de 2026, a disputar em meados de outubro.

Lázaro Oliveira disse existir a possibilidade de convocar residentes de Macau a jogar em Portugal: “Estive em contacto com alguns deles e todos os bons jogadores interessam à seleção”.