Marrocos perdeu por 4-0 contra a França nos oitavos de final, esta terça-feira, sendo a última seleção africana a abandonar o torneio na Austrália e na Nova Zelândia.
Mas Pedros diz que a inesperada passagem aos oitavos de final é um feito semelhante ao da equipa masculina de Marrocos que chegou às meias-finais do Campeonato do Mundo no Catar, no ano passado.
"Acredito sinceramente que chegar aos oitavos de final com esta equipa, pela primeira vez, é o equivalente à chegada dos rapazes às meias-finais", disse aos jornalistas.
"É mais do que fantástico. Só começámos a construir esta equipa há três anos. Há muitas coisas que nos deixam orgulhosos, apesar de termos sido eliminados. Estar nos oitavos de final do Campeonato do Mundo para Marrocos é excecional. Tem sido uma aventura extraordinária", vincou.
Marrocos não participava na Taça das Nações Africanas feminina há 22 anos quando organizou o torneio no ano passado e chegou à final, perdendo por 2-1 para a África do Sul, mas demonstrou um potencial recém-descoberto.
A reputação foi reforçada com a participação na Mundial, que começou com uma derrota por 6-0 com a Alemanha, mas foi seguida por vitórias por 1-0 sobre a Coreia do Sul e a Colômbia, que garantiram a classificação para a fase a eliminar.
A equipa mostrou-se organizada e disciplinada, embora com algumas lacunas no ataque. Mas para o francês Pedros, não há tempo para descansar, pois tem outro grande campeonato em vista e está determinado a garantir uma passagem para Paris.
"Vou felicitá-las e agradecer-lhes (às jogadoras), porque o que elas nos deram em termos de emoções é incrível, e depois vamos voltar ao trabalho" , disse.
"Temos as eliminatórias olímpicas para nos prepararmos e ganhamos experiência. Estou muito, muito orgulhoso de ser o treinador desta equipa, porque temos jogadoras fantásticas."
A seleção marroquina deve derrotar a Namíbia na primeira partida das eliminatórias, em outubro, mas está em rota de colisão com a Zâmbia, também participante no Mundial, na metade do sorteio para uma vaga nos Jogos Olímpicos, onde África tem dois lugares disponíveis.