Recorde as incidências da partida
Depois dos ensaios frente à Geórgia, Roberto Martínez fez regressar o melhor onze para o duelo contra a Eslovénia. Ou pelo menos aquele que aparenta merecer um maior grau de confiança por parte do selecionador de Portugal. Mudou ainda a estrutura, fazendo regressar o 4-3-3, embora num sistema híbrido, a permitir que João Cancelo explorasse bem o corredor direito.
Em termos individuais e coletivos não havia dúvidas antes do arranque do encontro. Portugal era melhor, mas era preciso demonstrar o favoritismo em campo e para isso era preciso ser eficaz nas muitas oportunidades que se esperava que a equipa portuguesa viria a ter contra a seleção de Oblak e companhia.
Só Palhinha assustou
Não houve dificuldades em assumir o jogo, mas houve alguma dificuldade em fazer as ligações e a eficácia também deixou um pouco a desejar no último terço. O nervosismo com toques de algum desespero de Cristiano Ronaldo para fazer o primeiro golo nesta fase final de pouco ajudou.
Rafael Leão começou por ser o principal desbloqueador do fluxo ofensivo do conjunto português e foram alguns dos seus rasgos que abriram o caminho para a baliza de Jan Oblak. Bruno, Bernardo e Cristiano também apareciam a espaços, mas faltava a inspiração no momento da finalização.
A melhor oportunidade do primeiro tempo acabou mesmo por ser um remate de meia distância de João Palhinha, em cima do apito para o intervalo, com a bola ainda a tirar alguma tinta ao poste da baliza da Eslovénia. No lado contrário, uma seleção muito combativa e agressiva, e apenas registo para um remate de Sesko para defesa segura e tranquila de Diogo Costa.
Adeus Vitinha, adeus controlo
O arranque do segundo tempo foi um espelho do final da primeira parte. Só mudaram os intervenientes. Com a perda de gás de Rafael Leão pelo corredor esquerdo, Portugal passou a privilegiar o corredor direito, onde João Cancelo abriu o livro no primeiro quarto de hora. Mas o domínio perdeu-se aos 65 minutos, pouco depois de Sesko ameaçar o primeiro do encontro.
Roberto Martínez decidiu tirar o maestro Vitinha do campo e a orquestra ficou completamente desorientada, sem conseguir acertar o tom e deixou-se levar pela cantiga dos eslovacos até ao prolongamento. Aí Portugal não foi... Portugal.
A seleção portuguesa descaracterizou-se após as mudanças de Roberto Martínez. Escondeu-se um pouco do jogo, permitiu que a Eslováquia assumisse o jogo e voltou a não ser feliz na eficácia, com Ronaldo a não conseguir bater Jan Oblak da marca dos onze metros. Defesa estupenda do guardião esloveno! Mas não foi o único guarda-redes a brilhar em campo.
Aos 115 minutos, Pepe escorregou e deixou Sesko completamente isolado rumo à baliza portuguesa e com tudo para marcar. No entanto, Diogo Costa também se agigantou entre os postes e impediu o golo do goleador do RB Leipzig.
Com tudo para decidir no desempate através das grandes penalidades, Diogo Costa levou a melhor sobre Jan Oblak. O guarda-redes do FC Porto defendeu três grandes penalidades (!) e apurou Portugal para os quartos, onde irá medir forças com a França.
Homem do jogo Flashscore: Nuno Mendes (Portugal)