Há equipas para as quais o final da época ainda está longe. Vislumbram a meta, mas de repente parecem estar a andar para trás ao verem os adversários a passarem-lhes à frente. Foi o que aconteceu com o Celta nas últimas jornadas - duas derrotas e dois empates - e viu-se obrigado a lutar pela permanência que parecia estar nas mãos há algumas semanas.
E começaram fortes, prontos a sair do ciclo negativo em que se encontravam. O fulgor durou apenas um quarto de hora porque se encontraram com um Edgar Badía que não merece descer de divisão. Que guarda-redes. O passar dos minutos só piorava a situação, com o Balaídos a assobiar a equipa.
Nestas circunstâncias, embora merecidas, não ajudam em nada, antes pelo contrário. Até o Elche pensou que podia aproveitar, mas tem menos perigo do que uma faca de borracha.
Dada a má forma de Aspas e da seca dos pontas de lança, foi Carles Pérez quem, na segunda parte, mais e melhor procurou a baliza do Elche. Um remate do antigo jogador do Barcelona foi a melhor oportunidade dos galegos até ao minuto 90.
O Elche, por sua vez, sem se expor demasiado, também teve algumas oportunidades, nomeadamente uma de Lucas Boyé que passou ao lado por muito pouco. Foi quando o Celta se lançou ao ataque em desespero.
Um ponto não era nada. Foram à procura da sorte grande e ela chegou no final, graças a um cruzamento de Franco Cervi e a uma finalização colossal de Aidoo que levou, agora sim, o Balaídos ao delírio.
A vitória deixa a equipa de Carvalhal com 37 pontos, a sete do Valência, que está em zona perigosa. O Elche, com esta última derrota, pode comprar bilhete para a segunda divisão já este sábado.
Homem do jogo Flashscore: Aidoo (Celta).