João Félix: o salário de 400.000 euros a que faltava mais um 0

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João Félix: o salário de 400.000 euros a que faltava mais um 0

João Félix passou de um salário de 400.000 euros para quatro milhões de euros
João Félix passou de um salário de 400.000 euros para quatro milhões de eurosAFP
João Félix, segundo o vice-presidente económico do Barcelona, Eduard Romeu, renunciou a um salário de mais de oito milhões de euros no Atlético de Madrid para receber apenas 400 mil euros. Mas a LaLiga avaliou o seu contrato em quatro milhões de euros e é isso mesmo que o português deverá ganhar esta época no clube azul-grená.

Os cofres do Barcelona estão longe de ser um bom negócio. Os constantes atrasos na receção do dinheiro proveniente das várias alavancas acionadas por Laporta e pela sua direção desde o ano passado não ajudam a ter liquidez.

Por isso, tiveram de realizar obras de engenharia económica pouco convencionais para reforçar a equipa. Entre elas, a operação de empréstimo de João Félix. O português, no seu contrato com o Atlético de Madrid, que não vai pagar nada do seu salário esta época, recebia 20 vezes mais do que, segundo Romeu, recebe no Barça.

No entanto, horas depois de esse valor ter sido divulgado em vários meios de comunicação social, soube-se que, devido ao seu bom desempenho, e apesar das limitações económicas que assolam o clube, esse salário foi multiplicado por 10, passando a auferir quatro milhões de euros.

Num clube tão vigiado e limitado, que ainda tem de utilizar a fórmula 1/4, ou seja, que pode gastar 25% das suas receitas em contratações, é no mínimo curioso ter aumentado o seu salário precisamente quando se soube que a LaLiga avaliava o seu contrato em quatro milhões de euros.

LaLiga não permite que um futebolista receba menos do que o seu salário

No passado, a LaLiga impediu alguns clubes da segunda divisão de contratarem jogadores vindos da primeira divisão, mesmo que estes não quisessem receber somas avultadas. A razão é que a LaLiga "não acredita" que um jogador possa renunciar a grandes somas de dinheiro simplesmente porque quer jogar num clube, mesmo que seja de uma categoria inferior.

A suspeita dos patrões, que viam uma agenda oculta, é que o contrato que seria apresentado não teria nada a ver com o que o jogador iria efetivamente receber. Assim, dentro do seu rigoroso controlo financeiro, uma das ferramentas é a avaliação que a própria entidade presidida por Tebas faz dos jogadores, de acordo com a média salarial que receberam nas duas últimas épocas.

No caso de João Félix, jamais seria permitido que alguém que ganha mais de oito milhões por ano assinasse por um salário de 400.000. Por isso, para efeitos de limite salarial, contabilizou quatro milhões desde que foi contratado. Apenas o montante que o Barcelona, de um dia para o outro, argumentando que já tinha acordado com o jogador se este tivesse um bom desempenho, vai dar ao jogador.