Maiorca 2-2 Barcelona
Aos oito minutos aconteceu algo inesperado. Um erro de Ter Stegen com os pés. Maffeo aproveitou. O seu primeiro cruzamento para a área foi defendido por Araújo, mas na segunda oportunidade Muriqi, na pequena área, não cometeu qualquer erro. O pirata kosovar colocou a sua equipa em vantagem.
Com estes ingredientes iniciais, o guisado estava à vista. Um Barcelona encostado à parede e um Maiorca a defender e a procurar oportunidades de contra-ataque. A equipa de Xavi, com uma circulação de bola rápida e um Raphinha muito profundo na direita, chegava com facilidade à área adversária.
Rajkovic salvou a ocasião mais clara que os blaugranas tiveram. Ferrán Torres, que entrava pela esquerda, tentou cruzar a bola em frente ao guarda-redes sérvio, que respondeu com uma grande defesa.
O guarda-redes não conseguiu parar uma jogada brilhante de Raphinha, que fez uma diagonal de fora para dentro e rematou com o pé esquerdo. O Barça voltou a empatar a partida pouco antes do intervalo. O brasileiro teve mesmo a oportunidade de colocar a sua equipa em vantagem, mas enviou a bola muito por cima. João Félix também teve a segunda oportunidade, mas Rajkovic respondeu com uma excelente defesa. O Barça estava imparável nesta fase do jogo.
No meio da investida do Barça, o Maiorca mostrou a simplicidade do futebol. Lançamento longo de Rajkovic, Muriqi cabeceou e Abdón Prats conseguiu tocar com o dedo do pé antes da chegada de Ter Stegen. Um castigo duro para um Barcelona ofensivo.
Xavi fez entrar Lamine Yamal aos 15 minutos da segunda parte. Assim que entrou, foi-lhe assinalado um penálti por uma alegada entrada em Copete. O jovem festejou, mas o VAR alertou o árbitro, que retificou a decisão.
Lamine Yamal não se intimidou. Pelo contrário. Outra das suas corridas terminou num cruzamento que Lewandowski deixou passar para Fermín López, vindo de trás, marcar o golo do empate. Uma assistência daquelas que não aparecem nas estatísticas do polaco e uma grande jogada de Lamine. O rapaz estava a puxar a carroça.
No meio do domínio do Barcelona, um contra-ataque do Marioca quase terminou com um golo de Larin. A equipa de Aguirre tinha o escudo e a lança prontos. O último golo da partida, aliás, surgiu num contra-ataque. O canadiano acertou no lado errado da bola e todo o banco do Maiorca lamentou. Foi o fim de uma batalha intensa que terminou empatada.
Sevilha 5-1 Almería
O Sevilha foi um furacão e o Almeria uma marioneta. É assim que se pode resumir a primeira parte entre as duas equipas no Sánchez Pizjuán. Parecia um combate entre um peso pesado e um peso pluma. Os sevilhanos entraram forte e o Almeria foi impotente para travar o ataque do Sevilha. Foi um recital do princípio ao fim.
O primeiro golo surgiu após um remate de cabeça de Loic Badé, na sequência de um pontapé de canto, que passou por cima da trave. O ressalto foi aproveitado por En Nesyri para inaugurar o marcador. No topo, é muito difícil parar o marroquino quando ele está inspirado.
O segundo golo foi uma obra de arte. Dodi Lukebakio, o avançado belga de origem congolesa, contratado por Victor Orta ao Hertha Berlim, deu um passo em frente. Pegou na bola fora da área, começou a driblar, a fintar e a deixar os adversários para trás, para depois desferir um remate imparável contra o guarda-redes português Luís Maximiano. O novo avançado do Sevilha marcou um golo de grande nível.
O Almeria não conseguia sair do seu próprio meio-campo, via os golos a chegar e não resistia. O pé esquerdo de Suso terminou uma excelente primeira parte. O jogador do Cádiz rematou com a sua marca registada para a baliza do Almería. Os adeptos cantavam e apreciavam a exibição da sua equipa. O adversário estava a afundar-se cada vez mais.
A equipa de Vicente Moreno foi para o balneário com os nervos à flor da pele e o intervalo não serviu de muito. Pouco depois do início da segunda parte, Lamela, dentro da área, rematou uma bola perdida, a bola tropeçou em Edgar e resultou no quarto golo do Sevilha. Nada estava a correr bem para a equipa do Almería.
Um enorme Lukebakio marcou o quinto golo. O golo foi anulado devido a uma falta cometida pelo belga. No Sánchez Pizjuán esfregavam-se os olhos. A sua equipa era um vendaval imparável. A partir desse momento, com os três pontos na bagagem, a equipa de Mendilibar aliviou um pouco o acelerador.
O Almeria, com o jogo praticamente perdido, puxou pelo orgulho para recuperar a dignidade. Um passo fortuito de Navas sobre Ramazzani resultou numa grande penalidade que Luis Suárez converteu em golo.
O jogador da casa, Kike Salas, que tinha acabado de entrar em campo, quis juntar-se à festa para completar a vitória com mais um golo soberbo. Um tremendo remate de pé esquerdo fechou uma exibição magistral dos sevilhanos.
