Laporta confirma continuidade de Xavi: "A estabilidade é um valor muito importante"

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Laporta confirma continuidade de Xavi: "A estabilidade é um valor muito importante"
Atualizado
Laporta na Ciudad Deportiva Joan Gamper.
Laporta na Ciudad Deportiva Joan Gamper.JOSEP LAGO / AFP
O presidente do Barcelona, numa conferência de imprensa com dezenas de órgãos de comunicação social acreditados, falou aos jornalistas esta quinta-feira.

Joan Laporta apareceu ao lado de Xavi Hernández para explicar porque é que os dois optaram por continuar a caminhar juntos. Passaram apenas algumas horas desde a reunião que teve lugar na casa do próprio presidente, onde Deco - diretor desportivo - e outras figuras importantes da direção se reuniram. Como se de uma telenovela se tratasse, algo habitual no meio Culé, inúmeros meios de comunicação social reuniram-se no local dos acontecimentos.

"Temos o prazer de informar que Xavi continua como treinador da equipa principal. Ele fez algumas declarações em que pensou em sair no final da época, mas estivemos a falar e ele transmitiu-nos a confiança, o entusiasmo e a ambição que tem no projeto. É uma boa notícia para o Barça. A estabilidade é um valor muito importante para que os projetos tenham sucesso", defendeu.

"Há outra razão. O barcelonismo de Xavi é inquestionável, tal como o do resto da equipa técnica e da direção. Ele preocupa-se sempre com os interesses do clube. Fui muito claro quanto a isso", afirmou Laporta, que elogiou as "qualidades humanas" do treinador nascido em Terrasa e recordou a figura de Tito Vilanova no décimo aniversário da sua morte. "É uma pessoa muito querida no clube e recordá-lo-emos sempre", afirmou.

"Estamos convencidos de que ele será ainda mais vencedor do que é atualmente. Começou no ano passado e já ganhou uma Supertaça de Espanha e um campeonato histórico para o momento, que era de dificuldade máxima. Xavi e a sua equipa técnica assumiram esta responsabilidade. Os adeptos têm memória. A LaLiga é complicada e ainda mais devido às situações que ocorrem em alguns jogos. É a melhor decisão", prosseguiu durante o seu discurso.

"Houve preocupação"

"As alterações estão a ser trabalhadas para melhorar o que precisa de ser melhorado. O que não vou fazer é torná-las públicas. Eles é que vão decidir, é uma questão muito técnica. Ficámos surpreendidos com a sua decisão, mas aceitámo-la na esperança de que, se ganhássemos, ele reconsiderasse. Quando não ganhámos, houve preocupação, fizemos perguntas... mas ontem (quarta-feira) tivemos esta conversa. Ficámos viciados na Liga dos Campeões. Criou uma chama de ilusão que tem de ser mantida. Às vezes é preciso uma catarse", explicou Joan, que clarificou que Xavi Hernández se comportou "com absoluta dignidade" em questões económicas.

Uma das questões, claro, teve a ver com o mercado de transferências.

"Estamos a tentar alcançar a regra do 1-1 para termos mais possibilidades, estamos a trabalhar para tentar alcançar uma situação favorável no que diz respeito à incorporação de jogadores. Estão a ser feitos grandes esforços para reduzir a massa salarial para níveis em que a LaLiga valorize os esforços. Veremos como nos podemos reforçar", afirmou o presidente do emblema catalão.

Quanto ao que aconteceu no último Clássico, Joan insistiu na sua ideia, que é imutável.

“Depois do jogo no Bernabéu, tivemos uma indignação total. Já me referi a isso e falámos com a CTA sobre as imagens. Pensamos que foi um golo, o jogo foi desvirtuado e vamos até às últimas consequências. Não pode haver trinta câmaras para um jogo e a que pode decidir se é golo ou não não funciona”.

Sem plano B

“Temos muita afinidade. Precisava de o ver entusiasmado, com confiança, com essa cumplicidade e de sentir com toda a tranquilidade que ele quer que tudo corra muito bem, mais do que nós. Quando nos cumprimentámos, ficou claro para nós que tínhamos de continuar. Este foi sempre um ato coerente em termos de conversas com o chefe. Disse-lhe que não íamos procurar ninguém à espera que a época acabasse", continuou o presidente do Barcelona.

“Ele ganhou muita experiência este ano. Nada é igual, tudo muda e evolui. Temos de tirar conclusões positivas deste ano. Ganhar com o Barça é mais difícil do que com qualquer outra equipa e isso motiva-nos. Não estivemos em negociações com nenhum outro treinador. Esperávamos que ele repensasse", comenta o empresário catalão, que se gaba de que "a recuperação económica é um facto" e aponta dezembro como data de regresso a casa.