E aqui no Flashscore, trazemos-lhe alguns dos possíveis substitutos, aqueles que aparecem na lista em lugares de destaque. Haverá dezenas de propostas, mas os filtros de Deco são muito claros: antes de mais, tem de ter o chamado ADN Barça.
Candidatos para substituir Xavi
Rafa Márquez (Barcelona B)
Esta seria a opção mais simples e mais barata. E talvez até desportiva. Em tempos de escassez financeira, as camadas jovens sempre foram uma solução para o clube catalão. É o que já se verifica com os jovens que continuam a sair de La Masia, com Gavi, Lamine Yamal, Fermín, Marc Guiu, Cubarsí e um longo etc.
Também pode ser o caso dos treinadores. O último a sair foi um certo Pep Guardiola. Agora, o mexicano, grande amigo pessoal de Laporta e Deco, não demorou uma hora para se apresentar como candidato. "Não se pode dizer que não a uma oportunidade como esta", disse o chefe da equipa secundária.
Contra ele pesa a falta de experiência no comando técnico, apenas dois anos. Por isso, não é a primeira opção para substituir Xavi. Mas está na lista de candidatos e isso é uma vantagem.
Thiago Motta (Bolonha)
O brasileiro é muito respeitado ao mais alto nível. Os seus oito anos no Barça foram uma grande aprendizagem da filosofia necessária para treinar a equipa azulgrana, que tem vindo a aplicar nas diferentes experiências nos bancos de suplentes: gosto pela bola, jogo associativo, movimentos contínuos para ocupar os espaços...
Começou nas camadas jovens do PSG antes de dar o salto para Itália. A sua primeira experiência foi muito curta, apenas dois meses no Génova. Em Spezia, cumpriu mais do que os objectivos estabelecidos com a permanência e isso foi suficiente para dar um salto e ir para Bolonha, onde está há um ano e meio. Já foi sondado por vários grandes clubes e agora pode ser o momento de assumir o comando do novo projeto do Barcelona.
García Pimienta (Las Palmas)
O atual treinador dos canários reúne todos os requisitos para ser o futuro treinador dos blaugrana. Todos eles. Passou por todas as camadas jovens, quer como jogador, quer como treinador, chegando mesmo a dirigir a equipa secundária.
E na sua primeira experiência na elite apresenta um bom futebol e resultados acima do esperado para uma equipa recém-promovida. Com o Las Palmas, subiu à primeira divisão na época passada e esta temporada está a manter o clube na primeira divisão sem problemas aparentes, mais perto da Europa do que da zona vermelha. Além disso, está a tirar o melhor partido dos jogadores jovens e menos jovens.
O próprio Xavi o elogiou há algumas semanas:"Garci, é assim que lhe chamo, é um grande treinador. Tem o ADN do Barça". O seu maior problema é o facto de Laporta o ter despedido do Barça B para trazer Rafa Márquez.
Míchel Sánchez (Girona)
A norma no Can Barça é contratar um treinador que tenha sido um jogador excecional enquanto jogador do Barça. Guardiola, Luis Enrique, Koeman, Xavi, Ernesto Valverde... As experiências com técnicos de fora não têm corrido bem. Há os casos de Quique Setién e Tata Martino. É aí que entra a reticência em relação à figura do atual treinador do Girona.
Mas deixando isso de lado, e o facto de um dos seus filhos jogar na equipa de juniores do Real Madrid, Míchel é outro dos nomes que aparecem no portfólio de Deco. O que está a fazer no Girona, com um futebol vertiginoso e espetacular, e a lutar pelo título da Liga, não pode passar despercebido a ninguém. E muito menos estando tão perto da Cidade Condal.
Além disso, a integração que Míchel teve e ainda tem com a Catalunha é muito valorizada. Desde que assinou pelo Girona, começou a estudar catalão, responde aos jornalistas locais nessa língua e isso é um fator muito valorizado por Laporta e pela sua equipa.
Estes são dois nomes que, noutras circunstâncias, estariam nas apostas de todos. Na altura, antes de escolher o Liverpool, já se falava de Jurgen Klopp como candidato. As suas declarações sobre a necessidade de tirar um ano sabático após a sua passagem pelo Liverpool afastam-no... mas no futebol nunca se pode dizer nunca.
O outro sonho impossível é o de Mikel Arteta. Os dois anos como jogador das camadas jovens ligaram-no sempre ao clube. O seu estilo como jogador, moldado por Wenger, e a posterior formação como treinador de Guardiola mantêm-no na ribalta. Infelizmente para os culés, o projeto no Arsenal é demasiado importante para ser abandonado a meio.