Polémica em França após jogadores recusarem gesto de apoio em campanha contra homofobia

Publicidade
Publicidade
Publicidade
Mais
Publicidade
Publicidade
Publicidade
Polémica em França após jogadores recusarem gesto de apoio em campanha contra homofobia
Kylian Mbappe com o número arco-íris do PSG contra o Ajaccio
Kylian Mbappe com o número arco-íris do PSG contra o Ajaccio
Reuters
A Liga francesa de futebol viu-se envolvida numa tempestade esta segunda-feira, depois de vários jogadores terem recusado participar num gesto de apoio contra a homofobia este fim de semana.

A Liga Profissional Francesa (LFP), organismo que rege o desporto a nível nacional, tinha apelado aos jogadores da Ligue 1 para usarem uma camisola em que o número teria as cores do arco-íris nos jogos deste fim de semana, por ocasião do Dia Internacional contra a Homofobia, a Transfobia e a Bifobia, que se celebra na quarta-feira.

No entanto, alguns jogadores recusaram.

O Sindicato Nacional dos Futebolistas Profissionais (UNFP) afirmou que não cabe aos jogadores transmitir "mensagens coletivas". O sindicato considera surpreendente que os clubes lhes peçam para o fazer, declarou em comunicado.

O Toulouse deixou de fora os jogadores que não quiseram vestir a camisola. Mas o defesa marroquino do clube, Zakaria Aboukhlal, defendeu a opção de não participar na campanha.

"O respeito é um valor que tenho em grande estima. É extensivo aos outros, mas também engloba o respeito pelas minhas convicções pessoais. Por isso, não me considero a pessoa mais indicada para participar nesta campanha", escreveu no Twitter.

O treinador do Brest, Eric Roy, qualificou o gesto de "catastrófico", um comentário que suscitou críticas generalizadas nas redes sociais.

"Vê-se que há jogadores que têm um problema com isso. Cada um é livre de exprimir a sua opinião. Pessoalmente, não tenho qualquer problema com isso. Mas há jogadores que podem ter um problema com isso", apontou.

O técnico referiu ainda que era errado agenda a campanha numa altura em que os jogadores estão envolvidos na luta pela manutenção.

O homólogo do Rennes, Bruno Genesio, afirmou que, apesar de ser contra qualquer tipo de discriminação, não tem "a certeza de que seja uma boa ideia organizar um dia contra a homofobia".

A ministra do Desporto, Amelie Oudea-Castera, apoiou a campanha.

"Penso que é da responsabilidade dos clubes adotar sanções", afirmou. "Durante uma operação deste tipo, que envolve todos os clubes sobre o tema básico da não-discriminação, é preciso aparecer", vincou.

A LFP e a Federação Francesa de Futebol (FFF) não comentaram o assunto.

No Campeonato do Mundo do ano passado, no Catar, a FIFA ameaçou sete seleções europeias com sanções se usassem a braçadeira "One Love", que simboliza a diversidade e a tolerância.