Hermoso, de 33 anos, entrou como suplente na segunda parte da vitória da campeã mundial Espanha sobre a Itália por 1-0 na Liga das Nações, em Salerno, depois de não ter sido selecionada para os jogos em setembro pela treinadora Montse Tome, para a "proteger".

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Na altura, questionou a decisão de Tomé e foi convocada na semana passada para a viagem a Itália e para a visita à Suíça, na terça-feira.

Hermoso, que atualmente joga no Pachuca, no México, substituiu a sua antiga companheira de equipa do Barcelona, Mariona Caldentey, aos 67 minutos, com o jogo ainda a zeros.

Hermoso estava no lugar certo e na hora certa para marcar na recarga, após o remate de Alexia Putellas ser defendido aos 89 minutos, comemorando com alegria.

Hermoso recebeu um cartão amarelo por bloquear um livre rápido da Itália e ajudou a Espanha a segurar a vitória, que a ajuda a manter o primeiro lugar do Grupo 4 da Liga A.

"Posso dizer que pensei em muitas coisas, mas a vida às vezes dá-nos pequenos presentes, e hoje pensei em muitas pessoas que me apoiaram desta vez", disse Hermoso à TVE.

"Estou feliz porque graças a eles hoje voltei a desfrutar do futebol", acrescentou.

Hermoso é a melhor marcadora de Espanha, com 52 golos pelo seu país em 102 jogos.

"Que melhor alegria do que voltar aqui e sentir-me bem novamente, marcar o golo que dá a vitória - agora só posso sorrir", acrescentou.

Hermoso tornou-se um símbolo na luta contra o sexismo e ganhou apoio global depois de Rubiales a ter beijado à força nos lábios após o triunfo da Espanha sobre a Inglaterra em Sidney, a 20 de agosto, embora ele diga que foi consensual.

Rubiales demitiu-se três semanas após o beijo, na sequência de críticas generalizadas, e foi acusado de "agressão sexual" por um tribunal espanhol e proibido de se aproximar a menos de 200 metros da jogadora.

O selecionador espanhol, Jorge Vilda, vencedor do Campeonato do Mundo, foi demitido pela Federação Espanhola na sequência do escândalo, numa altura em que dezenas de jogadoras espanholas, incluindo Hermoso, estavam em greve, exigindo mudanças profundas.

A Roja tem como objetivo qualificar-se para os Jogos Olímpicos de 2024, se chegar à final da Liga das Nações.