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O West Ham desloca-se a Leverkusen na esperança de ser a primeira equipa a travar o comboio de Xabi Alonso, que continua imparável e a lutar por três frentes, o que contrasta com a equipa de David Moyes, cuja forma na fase final da época parece estar a vacilar.
O Flashscore destaca aqui alguns dos principais pontos de discussão antes da primeira mão dos quartos de final da Liga Europa, na quinta-feira à noite...
Leverkusen: Esgotado ou sem pressão?
O Bayer Leverkusen prestes a conquistar o primeiro título da Bundesliga na sua história, depois de vencer o Union Berlin no sábado, enquanto o Bayern de Munique deixou escapar uma vantagem de dois golos na derrota por 3-2 em Heidenheim.
Graças a isso, a turma de Alonso precisa de apenas três pontos nos seis jogos restantes para conquistar a Bundesliga. Basta uma vitória contra o Werder Bremen, no domingo, no jogo que se realiza entre as duas partidas dos quartos de final da Liga Europa, contra o West Ham.
Os farmacêuticos estão numa posição dominante esta temporada porque ainda não perderam qualquer um dos 41 jogos disputados até agora. Essa estatística incrível faz com que exista um grande ímpeto e confiança, mas poderá isso funcionar contra eles? Será que a conversa sobre o título vai entrar no balneário demasiado cedo e tornar-se uma distração?
Muito provavelmente não. O mais provável é que os alemães se possam concentrar totalmente em afastar o West Ham, sabendo que o título doméstico está praticamente ganho - mas os Hammers esperam exatamente isso e preparam-se mentalmente.
"Pode ser o desafio mais difícil até agora. Eles não perdem há muito tempo e sabemos o quão bem eles jogaram esta época. Mas continuamos confiantes. Sabemos das nossas qualidade e mostrarmos isso contra o Friburgo. São dois jogos e espero que amanhã consigamos um bom resultado", disse o defesa Kurt Zouma na quarta-feira.
West Ham: Má forma, mas não na Europa
A forma do West Ham, por outro lado, é motivo de preocupação. Os Hammers podem ter goleado o Friburgo por 5-0 na segunda mão dos oitavos de final, mas essa foi só uma de apenas quatro vitóras da equipa de Moyes em 17 jogos disputados em 2024.
A equipa sofreu também uma capitulação contra o Newcastle no final do mês passado, quando os Magpies recuperaram de uma desvantagem de 1-3 para vencer por 4-3. No entanto, depois desse jogo, empataram com o Aston Villa e o Tottenham, que lutam por um lugar europeu, o que sugere que as coisas estão a mudar.
A equipa do leste de Londres tem também um forte registo na Europa nos últimos tempos, tendo chegado às meias-finais da Liga Europa em 2022 e vencido a Liga Conferência ao bater a Fiorentina no ano passado.
"Temos estado numa fase muito boa nos últimos anos, por isso chegamos aqui sem expectativas. Temos estado muito bem na Europa nos últimos três anos. Vamos precisar de liderança, compostura e compreensão tática neste jogo, contra uma equipa que está invicta há 41 jogos, por isso temos de tentar lidar com isso", disse Moyes em conferência de imprensa na quarta-feira, antes da primeira mão.
Abordagem e diferentes estilos dos treinadores
O West Ham é uma espécie de enigma, na medida em que está em sétimo lugar na Premier League e nos quartos de final europeus, mas o seu treinador continua a ser muito impopular entre os adeptos devido à aparente falta de intenção ofensiva. Tanto é assim que Moyes não tem o emprego garantido no final da temporada e, se não ficar, uma das qualidades que o West Ham certamente procura num treinador é uma clara visão atacante.
Alonso, por seu lado, é conhecido por utilizar um ataque polivalente, em que qualquer jogador da equipa pode marcar golos. É isso que faz do Leverkusen uma equipa fácil de apoiar e difícil de defender. Para além disso, contra o West Ham está o facto de o seu melhor marcador, Jarrod Bowen, falhar o jogo.
"O Jarrod não está connosco, torceu o joelho e tem algum tipo de lesão. Infelizmente, não podemos dar qualquer data para o seu regresso", disse Moyes.
Assim, o West Ham não só tem opções de ataque limitadas em termos tácticos, como também não tem muitas opções. No boxe, dizem que os estilos fazem as lutas, mas o West Ham pode ter de atrair o Leverkusen para uma luta de garra se quiser sair com um resultado positivo da Alemanha.
Espetáculo tardio de Kudus e Schick
Apesar das estatísticas sugerirem o domínio dos alemães na Europa e fora dela - são a única equipa invicta na Europa esta temporada -, estiveram muito perto de não chegar esta fase.
Nos dois jogos dos oitavos de final contra o Qarabag do Azerbaijão, o Bayer Leverkusen foi obrigado a recuperar de uma desvantagem de 2-0. Na primeira mão, conseguiu um empate 2-2 fora de portas, enquanto na segunda esteve a perder por 0-2, reduziu aos 72 minutos e chegou aos 90 ainda em desvantagem.
Patrik Schick garantiu o empate com um golo nos descontos e, de forma incrível, acabou por celebrar o bis antes do apito final para dar a volta e manter a série de vitórias.
O West Ham tem também um jogador deste traquejo: Mohammed Kudus marcou três golos nos últimos três jogos do West Ham na Liga Europa, dois dos quais chegaram depois do minuto 75.
Com Bowen provavelmente de fora, há ainda mais expetativa sobre os ombros de Kudus, mas, independentemente do resultado, é provável que haja golos tardios de Kudus e Schick.