Atalanta 3-0 Marselha
O empate 1-1 vindo da primeira mão deixou tudo igual entre os carrascos de Sporting e Benfica na competição. O favoritismo, no entanto, estava do lado dos anfitriões, que na ronda anterior também afastaram o todo-poderoso Liverpool. A este facto, há que juntar a péssima temporada dos franceses a nível interno (nono lugar na Ligue 1), que procuravam aqui a rendenção.
Mas os indicadores deixados pelos primeiros minutos faziam adivinhar uma noite bem difícil para a turma de Jean-Louis Gasset, o quarto timoneiro esta época. De Ketelaere deixou o primeiro aviso com um remate ao poste, antes de Scamacca acertar na trave. Finalmente, aos 30 minutos de jogo, Ademola Lookman fez tudo bem à entrada da área e contou com um desvio fortuito no remate para inaugurar o marcador.
O golo pouco fez para alterar a dinâmica do jogo e a Atalanta manteve-se por cima até ao descanso, com De Ketelaere a ficar perto de duplicar logo a seguir, mas manteve-se a vantagem mínima à saída para os balneários.
No reatamento, Ndiaye fez tudo certo para fugir à defesa e surgir na cara de Juan Musso, o guarda-redes leu mal o lance e adiantou-se muito, mas o chapéu saiu ao lado. Na resposta, Ruggeri fez uma tabela com Lookman, entrou na área e armou um remate forte e colocado, sem hipóteses de defesa para Pau López. Que grande golo do jovem defesa de 21 anos.
O Marselha já se dava por derrotado e Gasperini aproveitou para refrescar a equipa, mas a eliminatória quase ficava em aberto quando, num livre que aparentemente só podia ser levantado para a área, Veretout quase surpreendia tudo e todos ao acertar na trave.
Já em tempo de descontos, com tudo decidido e foguetes a rebentarem fora do estádio, El Bilal Touré colocou um ponto de exclamação na festa, ao fazer o 3-0 final com um remate muito colocado, carimbando com pompa e circunstância o passaporte da equipa de Bérgamo até Dublin, naquela que será a primeira final europeia da Atalanta.
Bayer Leverkusen 2-2 Roma
O Bayer despiu-se da alcunha Neverkusen com a conquista do campeonato alemão e assumia a nova faceta de Neverlusen tendo em conta o registo de invencibilidade ao longo de toda a época, chegando a este jogo com uma vitória por 0-2 conquistada na capital italiana.
Poucos pensariam que a equipa de De Rossi poderia inverter uma dessas duas afirmações, mas a verdade é que tudo mudou quando Jonathan Tah agarrou Sardar Azmoun dentro de área à saída para o intervalo, numa grande penalidade convertida por Leandro Paredes, aos 43 minutos.
Mas desengane-se quem ache que esse foi o único lance de perigo no primeiro tempo. À exceção de uma oportunidade madrugadora de Lukaku e um cabeceamento à figura de Pellegrini, os farmacêuticos dominaram a primeira parte e só não se adiantaram no marcador por ineficácia e por um inspiradíssimo Svilar.
A toada manteve-se no reatamento: a Roma espreitava, o Leverkusen desperdiçava. Hofmann, por exemplo, podia ter oferecido o golo a Adli na pequena área, mas de ângulo apertado rematou contra o corpo do ex-guarda-redes do Benfica. Num pontapé de canto, os gialorrossi ficaram a pedir grande penalidade, posteriormente confirmada pelo VAR e o árbitro principal.
Novamente na marca de grande penalidade, Leandro Paredes assumiu a responsabilidade e enganou Kovar.
O jogo retomou com Amine Adli a disparar perto do poste. Depois de tanta sorte esta época, a equipa da casa até se podia queixar de algum azar, mas quem tem uma estrelinha destas pode tudo. Isto porque, num pontapé de canto, Svilar falhou a saída, a bola bateu na cara de Mancini e encaminhou-se para o fundo das redes, colocando novamente o Bayer em vantagem na eliminatória.
Até ao apito final, a turma de Xabi Alonso somou várias oportunidades para chegar ao empate e, como tem sido tão habitual esta temporada, o bruxedo chegou nos descontos, mais precisamente aos 90+7 minutos. Acabado de entrar, Stanisic deixou vários adversários pelo caminho antes de rematar de forma colocada e somar o 49.º jogo sem perder na Europa, derrubando o recorde de 59 anos do Benfica.