50 anos do ciclone dos Açores: Pauleta, o goleador português que nunca jogou na Liga

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50 anos do ciclone dos Açores: Pauleta, o goleador português que nunca jogou na Liga
Pauleta com a 9 da Seleção Nacional
Pauleta com a 9 da Seleção Nacional
FPF
Pedro Pauleta completa, esta sexta-feira, 50 anos. Reverenciado em França, onde chegou a ser a grande estrela do PSG, foi caso único ao tornar-se no primeiro internacional português sem qualquer jogo no principal escalão do futebol nacional.

Nascido a 28 de abril de 1973, Pedro Miguel Carreiro Resendes, Pauleta no mundo do futebol, completa 50 anos. Ligado à Federação Portuguesa de Futebol, o ciclone dos Açores é um dos ícones do futebol nacional pelos golos que marcou pela Seleção, sem que nunca tenha disputado um jogo no principal escalão.

Com a carreira iniciada em São Miguel, de é natural, Pauleta rumou ao Estoril em 1995, para jogar no segundo escalão. Os 19 golos chamaram a atenção do Belenenses, mas o apelo espanhol do Salamanca foi mais forte, e a mudança para Espanha revelou-se certa, já que daí seguiu para a Corunha, onde ajudou o Deportivo a vencer a LaLiga na viragem do século.

No ano seguinte para França, país onde vai ficar eternizado em dois clubes. Primeiro no Bordéus (91 golos em 130 jogos, entre 2000 e 2003), onde passa a ser conhecido como l’aigle des Açores (a águia dos açores) pela forma como festejava os golos, e depois em Paris, no PSG. Numa altura em que o conjunto da Cidade Luz ainda não era o gigante financeiro da atualidade, Pauleta somou 109 golos em 211 jogos, entre 2003 e 2008 e ultrapassou Dominique Rocheteau como o melhor marcador da história do clube.

Uma questão europeia

Internacional em 88 ocasiões, Pauleta marcou 47 golos e quebrou, também, o recorde de golos da Seleção Nacional. O feito aconteceu diante da Letónia, na qualificação para o Mundial-2006, onde ultrapassou os 41 de Eusébio, que até então eram o registo máximo (agora, Cristiano Ronaldo já vai com 122).

Conviveu como alguns dos maiores nomes do futebol nacional e fez parte daquela que foi considerada a primeira geração de ouro – com Luís Figo e Rui Costa, entre outros. Participou em dois Mundiais (2002 e 2006) e dois Europeus (2002 e 2004). E se nos Campeonatos do Mundo teve momentos icónico – o hat-trick à Polónia na Coreia do Sul e o último golo pela Seleção Nacional diante de Angola, na Alemanha – nos Euros nunca conseguiu mostrar a veia goleadora e em seis partidas ficou sempre em branco.

Pendurou, definitivamente as botas em 2011, depois de ter feito um último jogo pelo São Roque, nos Açores que o viu nascer. Tinha 37 anos e não jogava desde 2005, mas não quis perder a oportunidade de homenagear o clube onde jogou o pai. Um final para um dos grandes nomes do futebol português que a primeira divisão nunca vi.