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Casa Pia: "É uma equipa que não faz muitos golos, mas também não sofre. Defende bem, consistente, onde através da organização defensiva explora o que tem de bom, jogadores tecnicamente evoluídos, partem para o ataque de forma rápida e esse jogo cria dificuldades ao adversário. Temos que ser inteligentes, temos que perceber, no pouco espaço que nos dão, se defenderem numa zona mais baixa, o que podemos explorar e ver o que podemos criar. Foi esse o nosso trabalho e preparação para chegar a Rio Maior e ganhar o jogo".
Jogadores desequilibradores que ajudam na defesa: "É fundamental, esse equilíbrio é a base para se ganhar. Temos de perceber porque é que não somos tão fortes e porquê, nomeadamente na reação à perda da bola, temos muita largura no campo, o que noutros anos não acontecia com os alas no espaço interior e estávamos mais preparados na reação à perda. Quem joga desta forma como estamos a jogar e mesmo se não fosse desta forma, toda a gente tem que meter na cabeça que passa 88 minutos sem bola, quando a temos é preciso dar soluções. Em 1 minuto e 40 segundos ou 2 minutos é que passam tempo com a bola no pé. Os jogadores têm que perceber que é tão importante defender bem e atacar bem".
Renascer de Taremi: "Temos o Danny (Namaso) também e o Wendel Silva da equipa B. O Taremi esteve sempre comprometido e muito profissional como eu disse aqui durante várias semanas, não jogava pela estratégia que definia para o jogo e pelo trabalho realizado durante a semana. Neste momento, está como sempre esteve, a trabalhar bem, a competir bem e é uma opção válida para o jogo, mas não é só ele. Qualquer um dos outros avançados pode jogar e mesmo com pontas de lança, podemos jogar sem um".
Registo negativo recente: "Não nos agarramos a estatísticas para estar mais ou menos motivados, temos de olhar para este Casa Pia por aquilo que tem feito. Falávamos do ataque, fizeram 4 golos em Vizela, 2 no Vitória SC, tem jogadores na frente bem interessantes, mas isso vale o que vale. O jogo ganha uma vida própria de acordo com o que fizermos, através de uma estratégia definida.
Perda do terceiro lugar: "É uma realidade, temos de olhar para isso. Temos duas equipas muito próximas de nós, uma com os mesmos pontos, podemos entrar no jogo em quarto lugar e isso não é, de todo, o que estamos habituados e o que queremos. Por isso vamos lutar pelos três pontos. Não nos vamos agarrar à tabela, os sócios, adeptos e simpatizantes preocupam-se com ganhar o próximo jogo e os que ainda faltam, fazer de tudo para os ganhar. Vai ser um jogo difícil".
Derrota na meia-fina da Youth League e aposta na formação: "O futuro dos clubes passa exatamente por aí, mas não é só. Se olharmos para os campeonatos onde existem os tubarões, há muitos jovens que aparecem da formação e isso é uma mais-valia. Nós temos um leque de jogadores feitos na formação do FC Porto, na última convocatória estavam mais de 50% de jogadores que passaram na equipa B e vejo, com muitos bons olhos, qualidade para que estes jovens que ontem representaram tão bem o clube e mereciam mais do que ser eliminados nos penáltis. Têm potencial para num futuro muito próximo estarem na equipa principal. Até vos posso confidenciar que vão chegar hoje à noite e um ou dois vão diretamente para a convocatória, porque temos alguns jogadores em risco que não treinaram hoje: o Pepe, o Francisco Conceição e o Gonçalo Borges, vamos ver qual é a evolução deles. Temos que nos precaver. A prova disso é recorrer a estes jogadores que estavam ontem a jogar e isso por si só diz muito da qualidade da formação, que têm sido trabalhados pelos diferentes treinadores. Dou os parabéns ao Capucho e ao Folha, que muitos destes jogadores treinam e jogam na equipa B. Isso é de louvar, com todas as condicionantes que existem, o clube continua a inserir 3 ou 4 jogadores da formação, isso é fantástico. O sucesso do clube passará por essa forma".
Ausências: "O doutor hoje apareceu-me no gabinete e a cada 15 minutos trazia um caso diferente. Foram situações... o Gonçalo foi um traumatismo no treino, hoje sentiu que estava pior, o Pepe é uma ligeira inflamação no tendão de Aquiles e o Francisco Conceição tinha uma dor forte no calcanhar onde fez gelo e queimou o calcanhar. Hoje não conseguia calçar uma sapatilha. Estou a ser claro".
Trabalhar mentalmente a equipa perante os objetivos: "Veio-me à cabeça um treinador italiano que disse algo do género que nunca motivou a equipa e os jogadores têm essa obrigação de automotivação. Estão na final da Taça de Portugal, fizeram uma excelente prova na Liga dos Campeões, com algum demérito nosso - e não só - estamos a lutar não pelos lugares a que estamos habituados. Nos últimos seis anos com a minha equipa técnica estivemos acima dos 80 pontos, este ano não correu tão bem por tudo aquilo que já foi falado. A forma de motivar é eles perceberem que representam um clube, que tem de haver uma base presente diariamente. se assim o for também vai aparecer nos jogos".