Recorde aqui as incidências do encontro
A derrota com o FC Porto era expectável, especialmente tendo em conta a semana atribulada que antecedeu a estreia do Gil Vicente na Liga Portugal, mas o conjunto de Barcelos soube lidar com esse arranque difícil e reagiu com um triunfo convincente que provou que há qualidade para uma época bem mais tranquila do que a anterior.
Pela sexta temporada consecutiva, o Gil Vicente venceu o primeiro jogo em casa e Bruno Pinheiro dificilmente podia ter pedido um arranque melhor. O triunfo dá tranquilidade para trabalhar nestas primeiras semanas em Barcelos, até já a pensar na pausa FIFA, que irá acontecer de 02 a 10 de setembro. Antes do regresso a casa para defrontar o Estoril, o Flashscore analisa a estreia de Bruno Pinheiro frente ao AVS.
Após o desaire no Estádio do Dragão, Bruno Pinheiro não fez uma revolução na equipa, bem pelo contrário. De resto, o Gil Vicente é uma das equipas que menos alterações sofreu no onze em relação à época passada. A saída de Gabriel para Copenhaga foi colmatada por Buatu, que já vinha da temporada anterior, e a chegada de Jorge Aguirre veio trazer o avançado que o Gil procurava desde que Fran Navarro assinou pelo FC Porto.
O espanhol apresentou-se aos novos adeptos com um golo logo na estreia em Barcelos, onde mostrou algumas das características que fazem com que possa ser uma das boas novidades desta edição da Liga Portugal. O camisola 9 revelou inteligência nas movimentações e uma frieza tantas vezes necessárias na hora de visar a baliza adversária.
As boas notícias para Bruno Pinheiro não se esgotam no avançado. Tal como na época passada, o Gil Vicente mantém o 4x3x3 e voltou a mostrar que a nível ofensivo há armas mais do que suficientes para que a estratégia funcione em Barcelos.
Apesar da inconsistência, Félix Correia é dos extremos mais criativos do campeonato e é um jogador capaz de fazer combinações com os avançados. Tidjany Touré também já mostrou que pode ter impacto no futebol português, mas a maior diferença no jogo gilista poderá estar numa cara cada vez mais conhecida dos adeptos.
Tal como aconteceu no Estoril com André Franco, Kanya Fujimoto ganha, na chegada de Bruno Pinheiro, a liberdade normalmente concedida ao jogador mais ofensivo do meio-campo. Com Mory Gbane e Maxime Domínguez a dar equilíbrio no miolo, o nipónico já colheu os frutos com o primeiro hat-trick em solo português.
No entanto, como mostra o resultado, nem tudo foi perfeito nos primeiros passos de Bruno Pinheiro em Barcelos. Tal como já tinha ficado claro frente ao FC Porto, os gilistas ainda precisam de crescer do ponto de vista defensivo. A perda de Gabriel Pereira fez cair o nível de qualidade do setor em relação à temporada passada e a necessidade de reforços, no centro da defesa e no flanco direito (há apenas Zé Carlos), é evidente.
Ainda assim, as primeiras notas a tirar sobre o Gil Vicente de Bruno Pinheiro são positivas, ao contrário do que acontece, por exemplo, com Ian Cathro no Estoril Praia, que vai ter teste de fogo contra um treinador que conhece bem a identidade da equipa canarinha já esta jornada, no domingo, às 18:00.