Recorde as principais incidências da partida
Vítor Campelos é um homem seguro das suas convicções e voltou a repetir o onze apresentado nas duas primeiras jornadas. No lado contrário, um Roger Schmidt não menos convicto mudou apenas uma peça - Florentino no lugar de João Neves no miolo -, não abdicando de Samuel Soares na baliza e de Aursnes no lado esquerdo da defesa. David Neres, depois da boa entrada no último jogo, começou no banco.
Os primeiros minutos foram de conhecimento de parte a parte. Nem Benfica, nem Gil Vicente conseguiram apresentar um futebol fluído e foi preciso esperar até ao relógio apontar para o 13.º minuto para assistirmos ao primeiro remate da partida, da autoria de Florentino, para defesa de Andrew. Ainda assim, o tempo veio dar razão ao favoritismo dos campeões nacionais.
Aos 20 minutos, João Mário trabalhou bem pelo corredor esqeurdo e foi pisado por Marlon em cima da linha que delimita a grande área gilista e o árbitro João Pinheiro não teve dúvidas em apontar para a marca dos onze metros, onde, alguns segundos depois, o fantasista Ángel Di María viria a iludir Andrew para colocar as águias em vantagem.
O golo despertou o conjunto liderado por Roger Schmidt e, nos minutos seguintes, Arthur Cabral teve duas oportunidades claras de golo, mas em ambas demonstrou uma clara falta de entrosamento com quem o rodeia. Muito perdido no terreno, o avançado brasileiro chegou mesmo a incomodar a ação de alguns companheiros de equipa.
O desacerto do Benfica em determinadas ações era minimizado pela incapacidade do Gil Vicente em aproximar-se do último terço do terreno. A equipa de Vítor Campelos teve o primeiro remate (Fujimoto) apenas aos 43 minutos e a bola saiu completamente ao lado da baliza à guarda de Samuel Soares. De um aviso muito silencioso para um séro aviso, aos 45+5', quando Rúben Fernandes forçou o guarda-redes das águias a aplicar-se entre os postes. Ufff, podiam respirar de alívio os adeptos do Benfica.
Rafa começa e acaba
Já no segundo tempo, a partida recomeçou com a mesma dinâmica. O Benfica com mais posse e muito forte no contra-ataque. Foi assim que Rafa iniciou e finalizou o desenho do 2-0, aos 53 minutos, pouco depois de Di María (quase) surpreender Andrew na cobrança de um livre direto. Pensou-se, aí, que o jogo estaria feito para os campeões nacionais. Pura ilusão.
As substituições promovidas por Vítor Campelos, sobretudo as entradas de Tidjany Touré e Depú, deram uma nova vida à formação da casa e chegou mesmo a temer-se o empate em Barcelos. O golo de Tidjany, que já tinha marcado na 1.ª jornada, aos 74 minutos, muito bem servido pelo craque nipónico Fujimoto, aumentou a esperança dos gilistas e o jogo animou-se até ao final.
Uma esperança pleanamente justificada pelo constante acreditar do Gil Vicente, que encostou o Benfica ao seu reduto defensivo e criou mesmo algum frisson junto à baliza contrária. Ainda assim, não marcou e... voltou a sofrer. Petar Musa precisou apenas de um minuto em campo para faturar - impressionante a facilidade com que o croata finaliza - e terminou com a esperança contrária.
Não obstante, nota final para o golaço de Maxime Dominguez, o pequeno suíço, no último minuto do tempo de descontos, que coroou um jogo de mão cheia do ponto de vista individual, para o 3-2 final. Uma bela amostra daquilo que podia ter sido se o galo tivesse despertado mais cedo para o jogo.
Melhor em campo Flashscore: Di María (Benfica)