Rúben Amorim: "O nosso foco está no Marítimo"

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Rúben Amorim: "O nosso foco está no Marítimo"

Rúben Amorim: "O nosso foco está no Marítimo"
Rúben Amorim: "O nosso foco está no Marítimo"Profimedia
O treinador leonino assegurou que o Sporting está focado no jogo com o Marítimo, recusando pensar desde já no dérbi da próxima semana diante do Benfica, e lembrou que "para além do orgulho de jogar pelo Sporting, há uma obrigação na competição de dar o máximo e torná-la mais verdadeira".

Jogo contra o Marítimo: "O foco é máximo neste jogo, é o único que interessa e temos de aproveitar todos os minutos. O foco está em melhorar certas coisas... melhorar em relação ao primeiro jogo não será difícil, porque não jogámos muito bem na Madeira num momento importante, e isso também foi explicado aos jogadores. Vínhamos de uma paragem do Mundial, tivemos uma sequência de vitórias, com jogos sem sofrer e grandes exibições, e houve ali uma quebra, que foi um golpe duro de recuperar. Depois fomos à Luz e jogámos bem, mas essa intermitência foi muito clara aí. Temos de melhorar esses aspetos que estão envolvidos no jogo, ganhar e não sofrer golos, porque também sofremos um penálti que acho que foi o Mateus Fernandes que fez num jogo em que o Marítimo não teve grandes oportundiades. Melhorar todos esses aspetos de jogo, aproveitar para continuar a ver algumas coisas que estamos a trabalhar para tornar a equipa mais imprevisível. É uma boa oportunidade para vencermos e para melhorarmos o nosso jogo".

É diferente preparar um jogo deste tipo? "Temos de olhar para a resposta que a equipa tem dado e a verdade é que quando estamos a jogar não parece que é uma equipa que está arredada dos objetivos e em fim de ciclo. Muito pelo contrário... Acho que os jogadores já perceberam que o futebol é mesmo assim, que tivemos uma época difícil e, portanto, o que temos de fazer é deixar de pensar no passado e pensar no futuro. Temos de fazer uma boa exibição e, acima de tudo, respeitar aquilo que é o campeonato. Há uma luta, por exemplo, entre o Paços de Ferreira e o Marítimo, que são as equipas mais perto do lugar de play-off e também temos de respeitar isso. Da mesma forma que fizemos o máximo contra o Paços de Ferreira, para além do orgulho de jogar pelo Sporting, há uma obrigação na competição de dar o máximo e torná-la mais verdadeira. É isso que vamos fazer. Preparámo-nos da melhor forma, fizemos uma boa semana de trabalho e estamos preparados para o jogo".

Acompanhe aqui as incidências do jogo.

Perspetiva sobre o futuro do Sporting: "É muito claro para nós. Obviamente que a entrada na Liga dos Campeões vai ter interferência no que teremos ao dispor, no enquadramento financeiro, mas isso diz mais respeito ao planeamento da direção. Nós temos claro qual o tipo de jogadores que precisamos, quem poderá sair - essa avaliação já está mais ou menos feita -, mas temos de apostar muito na continuidade, na forma como a equipa joga e nas ligações entre eles. Portanto, penso que não vai interferir muito, porque já temos um planeamento com Liga dos Campeões e sem ela, por isso penso que não vai variar muito quer nas vendas quer nas entradas".

Gostava que o Benfica se sagrasse já campeão para evitar que possa acontecer no dérbi? "Não. Primeiro, volto a dizer que temos objetivos nossos, que nada têm a ver com o Benfica ou FC Porto. Têm a ver com o SC Braga porque ainda estamos na luta com eles. Nos primeiros meses em que estive aqui, queria, na altura, que o FC Porto não tivesse sido campeão para podermos ir ao Dragão jogar e os jogadores sentirem na pele o que é jogar contra uma equipa que está em primeiro lugar, a lutar para ser campeã, e que caso algo acontecesse eles sentissem essa dor e a utilizassem no futuro. A minha ideia mantém-se. Prefiro jogar contra o Benfica na máxima força, sem fazer festa nenhuma. Mas teremos tempo para chegar a esse momento. A minha obsevação foi feita há três anos, altura em que queríamos preparar o futuro e ter a equipa na máxima força, e volto a dizer o mesmo este ano, porque não tenho qualquer preferência. Quem for campeão, será. Quando nós não o somos, é porque perdemos e o resto não interessa. O nosso foco está no Marítimo e depois logo pensaremos no Benfica".

Diferença de estratégia na comunicação do treinador e do presidente: "Para já, temos papéis diferentes e o presidente está acima do treinador. Eu falo aqui daquilo que me compete e o presidente, como responsável de um grande clube português, tem de falar de todas as envolvências do jogo. Portanto, não vejo aí nenhum conflito de comunicação. Vejo uma pessoa que tem um papel de relevo num grande clube e outro que é o treinador e tem como estratégia não falar de arbitragem e que tenta ser coerente com isso. Não vejo qualquer conflito na comunicação do clube"

Vencer o Benfica seria a melhor alegria para os adeptos? "Muito mal estaríamos se estivéssemos há dois anos a festejar uma vitória no campeonato e a fôssemos comparar agora a uma vitória contra o Benfica. Volto a dizer: nós queremos ganhar títulos e não apenas jogos. É completamente indiferente. Eu não posso pensar como os adeptos. Eu olho para o Sporting e vejo-o de uma maneira e só vamos festejar se ganharmos os campeonatos. Essas vitórias, penso que não devemos festejar. Agora, devemos fazer tudo para vencermos esses jogos. Obviamente que não sou ingénuo e sei o significado que esses jogos têm para os adeptos, mas como treinador não quero sequer ligar uma coisa e outra, porque não têm nada a ver. O nosso objetivo é festejar campeonatos".

Há jogadores que possam ter mais minutos para que fiquem no clube? "O Franco Israel foi dos jogadores que mais evoluiu no plantel, não há qualquer dúvida em relação a isso. Fazendo a ligação com o ano passado, o João Virgínia decidiu sair. Poderá haver rotação, mas não relacionada com a incerteza sobre se ficam ou não para o ano, mas sim com o facto de termos dois jogadores para cada posição, e atletas que fazem mais do que uma, e com as características deles. Há uma ideia que passa por vencer este jogo, o adversário tem umas características e, de acordo com as dos jogadores, pode haver rotação estratégica. Sobre o Hector (Bellerín), tem tido pouco jogo e queremos vê-lo com minutos. Gostei do jogo dele em Paços de Ferreira e vai voltar a jogar. Tudo o que fizermos será para melhorar a equipa e não para avaliar os jogadores".

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Janela de transferências: "Eu nunca impus nada, sei das limitações do clube e aceito isso. O Matheus Nunes foi uma situação diferente, na qual o jogador tinha uma opinião, o treinador outra, o presidente outra e o empresário outra, e nós não tivemos tempo para fazer nada. Teve um grande impacto na equipa e a forma como foi conduzido o processo foi o que me deixou zangado e demorou tempo a recuperar. A saída de jogadores será conversada entre toda a gente, porque aqui só há um Sporting, e tudo será feito de outra forma porque isso já foi esclarecido. Não posso garantir que não há jogadores que vão sair. Os mais importantes podem sair pela cláusula e também há a questão da Liga dos Campeões, que pode ser uma questão a tratar depois de os objetivos estarem definidos. Nós falamos da saída do Matheus, mas tínhamos vendido o Palhinha e o Dani (Bragança) lesionou-se um pouco antes. Perdemos três jogadores do meio-campo e isso teve impacto no balneário. Tivemos de coser tudo um bocadinho à pressa. Não tem a ver, às vezes, com o ficar ou sair. O ficar ou sair depende se atingimos ou não os objetivos e não sobre se os jogadores ficam ou saem. Queremos ser competitivos e queremos ganhar. O objetivo é ganhar títulos e o que temos de avaliar é se temos condições ou não. Nas transferências, avaliamos em conjunto, ainda que no caso do Matheus Nunes, para ser sincero, não o tenhamos feito, o que tirou alguma harmonia na ligação entre todos. A continuidade do treinador não está ligada à saída de jogadores, estaremos aqui para o que der e vier, mas vamos fazer as coisas com calma, porque há situações que são difíceis de acontecer logo no início e podem complicar. O Ugarte é, obviamente, um jogador importante, foi construído e preparado depois da saída do Palhinha. O empresário disse que pode sair, talvez tenha 60 milhões garantidos, mas a continuidade do treinador não depende disso".

Daniel Bragança: "É uma grande notícia. Notei o Dani muito bem, sem medo. Ele teve uma recuperação mais lenta, mas nota-se muita diferença na forma como se apresenta em treino. Não vamos arriscar nada com ele. Contamos com o Dani para a próxima época, será um jogador muito importante, tem grande talento, a nossa equipa adaptou-se a jogar com o Morita e o Pote, o que vai de encontro à capacidade de o Dani jogar entre linhas e com a bola no pé. Acho que vai ser o nosso grande reforço para a próxima época"

O Sporting recebe o Marítimo este sábado, pelas 20:30, em jogo da 32.ª jornada da Liga portuguesa.