Recorde as incidências da partida
Jogo de despedida da temporada, jogo de festa imensa na Amoreira, com o Estoril garantido no convívio entre os grandes na próxima temporada.
O treinador do Estoril, Ricardo Soares, apresentou quatro mudanças em relação ao empate (2-2) com o Casa Pia, com Daniel Figueira de regresso à baliza, e com Lucas Áfrico, Tiago Gouveia e Alejandro Marqués no onze, em detrimento de Pedro Silva, Bernardo Vital (castigado), Carlos Eduardo e Cassiano.
Já José Gomes, treinador do Marítimo, já focado no play-off de permanência, diante do Estrela da Amadora, apresentou um onze totalmente renovado em relação àquele que venceu o Vizela (1-0) nos instantes finais, estreando até um jovem da formação, Rúben Marques, no ataque.
Primeiro a festa, depois o equilíbrio
A primeira ocasião de perigo no jogo pertenceu ao Estoril, com Joãozinho no cruzamento, da esquerda, e Tiago Gouveia, à boca da baliza, a desviar para um corte em cima da linha de Renê Santos.
Não foi aos 10', foi mesmo aos 15'. Não foi Joãozinho, foi Tiago Santos, o lateral-direito. Belo trabalho do jovem ala, a conquistar a linha de fundo e a cruzar rasteiro para Alejandro Marqués encostar para o 1-0 do Estoril.
Cinco minutos depois, Guitane quase elevava a contagem, após um cruzamento de João Carvalho, com Tiago Gouveia a cabecear para defesa de Makaridze e o médio, na recarga, a rematar ao lado da baliza dos insulares.
Ainda antes da meia hora surgiu uma reação efetiva do Marítimo, após um livre de Edgar Costa, com Ramírez a cabecear para bela intervenção de Dani Figueira.
Aos 40' foi novamente o Estoril, também de bola parada, a levar perigo à baliza do Marítimo, com o livre de Guitane para um cabeceamento de Lucas Áfrico, ao lado. Em cima dos 45' Rodrigo Martins fugiu pela esquerda, cruzou mas Marqués, em carrinho, ao segundo poste, não chegou a tempo para o desvio, num lance que seria depois invalidado por fora de jogo.
Castigo máximo antes dos duros castigos
Para a segunda parte José Gomes tirou Rafael Brito e lançou Diogo Mendes, o jogo desceu ainda mais de ritmo e só à hora de jogo voltou a haver reais ocasiões de perigo, e uma vez mais para o Estoril, com um cruzamento de João Carvalho, da esquerda, e com Tiago Gouveia a falhar o desvio.
Seria, porém, o Marítimo a chegar ao empate, na altura que mais dificuldades apresentava para criar perigo junto à baliza de Dani Figueira: Edgar Costa, aos 67 minutos, rematou, João Gamboa cortou a bola com o braço e o árbitro não teve dúvidas em assinalar o castigo máximo. Na conversão do penálti, mesmo perante os assobios dos adeptos do Estoril, Cláudio Winck fez mesmo o 1-1, aos 68 minutos.
Esperava-se então uma reação do Marítimo, moralizado com o golo, mas logo aos 71 minutos Fábio China, que já tinha visto um cartão amarelo aos 57 minutos, viu o segundo, aos 71', e foi expulso. Como se não bastasse estar reduzido a dez, os insulares viram René Santos ver o vermelho direto três minutos depois, aos 74'. Marítimo reduzido a nove e, pior que isso, sem dois jogadores para a primeira mão do play-off de manutenção, diante do Estrela da Amadora.
Foi do capitão e foi... Dele
José Gomes tentou compor a equipa, lançou Mosquera, já depois de André Vidigal e Félix Correia, mas com menos dois a tarefa revela-se muito complicada. E foi.
Aos 80 minutos, mais uma incursão de Tiago Santos pela direita, passe para Francisco Geraldes, que tocou na esquerda para a entrada fulgurante de Joãozinho, que disparou um míssil, cruzado, batendo Makaridze e fazendo o 2-1, estreando-se a marcar no campeonato.
Três minutos volvidos, nova transição rápida do Estoril, cruzamento de Tiago Gouveia da direita e Dele, de cabeça, a fazer o 3-1. O lance, numa primeira fase, seria anulado por fora de jogo mas, após revisão do VAR, festa repetida na Amoreira, igualmente com a estreia a marcar do jovem avançado nigeriano de 22 anos do Estoril.Homem do jogo Flashscore: Tiago Santos (Estoril)