O australiano já conquistou quatro troféus nas suas duas primeiras épocas em Glasgow e ambiciona completar o triplete nacional na presente temporada, já que o Celtic vai defrontar o Inverness na final da Taça da Escócia, no próximo mês.
O ceticismo que saudou a nomeação de Postecoglou quando foi contratado aos Yokohama Marinos, do Japão, há muito que foi esquecido e os católicos enfrentam agora uma luta para o manter no cargo, uma vez que o treinador de 57 anos tem sido associado aos cargos de treinador do Chelsea e do Tottenham.
É o estilo de Postecoglou, tanto quanto a substância dos resultados e dos troféus, que faz com que o antigo selecionador da Austrália seja o foco de atenção e admiração dos gigantes da Premier League, que estão do outro lado da fronteira.
O Celtic somou 95 pontos e marcou 105 golos na presente edição do campeonato escocês, confirmando a conquista da prova a quatro jornadas do seu final.
Tanto o recorde de pontos do clube, 106, como o de golos marcados, 116, estão ameaçados nas últimas semanas da época.
"Por mais que nos definamos pelo sucesso, que significa ganhar troféus e jogos de futebol, acho que a coisa mais agradável para mim é o número de golos que marcámos, porque ainda acho que essa é a melhor parte do futebol", sublinhou Postecoglou.
"Se há um recorde de que me orgulharei mais, será se conseguirmos marcar mais golos do que alguma vez foi marcado pelo clube, porque sei quanta alegria isso trouxe a todos os envolvidos, jogadores e adeptos", sustentou.
O mantra de Postecoglou de "nunca paramos" foi incorporado nos seus jogadores e nos adeptos do Celtic em geral desde que o clube publicou um vídeo de uma das suas primeiras sessões de treino nas redes sociais.
A abordagem implacável e frontal tem sido demasiado forte para os rivais escoceses e, desde que Postecoglou perdeu três dos seis primeiros jogos do campeonato escocês, altura em que promoveu uma grande rotatividade de jogadores, o Celtic perdeu apenas uma vez em 66 encontros.
Durante esse período, o Rangers, rival de Glasgow, viu sair dois treinadores e o atual ocupante do cargo em Ibrox, Michael Beale, já está sob pressão depois de não ter vencido nenhum dos seus quatro primeiros jogos contra Postecoglou.
Mas, com o domínio doméstico agora como norma, o Celtic não se contenta apenas com o sucesso na Escócia. A próxima fronteira é finalmente causar um impacto significativo na Europa.
Na Liga dos Campeões desta temporada, o emblema escocês deu luta ao enfrentar Real Madrid, Leipzig e Shakhtar Donetsk, mas não conseguiu vencer e terminou em último lugar no grupo.
Agora, vai entrar pela segunda época consecutiva diretamente na fase de grupos da prova, graças à conquista do título, e a riqueza da competição de clubes de elite da Europa ameaça aumentar o fosso entre os recém-coroados campeões e o resto do futebol escocês.
Mas o Celtic enfrenta o mesmo problema quando sai da pequena lagoa do seu mercado doméstico para enfrentar os melhores da Europa. Esse é o desafio que Postecoglou enfrenta agora. Os seus pretendentes no sul do país estarão atentos.