Sempre com um machado afiado. É este o modus operandi de Aurelio De Laurentiis, que num encontro com os jornalistas em Castelvolturno quis dar a sua opinião sobre os vários assuntos que envolvem o seu clube.
Em primeiro lugar, o presidente do campeão italiano abordou o complicado caso de Osimhen, atualmente lesionado e em rutura com o clube, depois de ter sido o melhor marcador da época passada.
"Nunca fiquei indiferente a Osimhen, mas nestas coisas somos sempre dois: eu sou igual, se o seu estado de espírito mudou não posso fazer nada. Se depois de um aperto de mão (falamos das negociações de renovação) as coisas mudam, lamentamos, tomamos nota, mas depois a vida continua. As relações com ele são muito boas e o contrato termina em 2025, há tempo. Não se esqueçam que vendi o Koulibaly à última da hora".
Obviamente, o tópioco do treinador também tem estado em cima da mesa, sobretudo depois de ter admitido que as coisas não estão fáceis para Rudi Garcia, o atual timoneiro dos partenopei. Neste sentido, De Laurentiis quis esclarecer os rumores sobre um possível acordo com Antonio Conte.
"Passei férias com ele há anos nas Maldivas, a família dele também lá estava e, desde então, mantemos relações. Continuo a falar com Mazzarri, Ancelotti, Benítez, Reja... o resto são boatos que deitam por terra quem está hoje à frente da equipa e isso irrita-me".
Depois, em relação aos outros possíveis substitutos de Garcia, defendeu o seu atual treinador:"Sejamos claros: não são todos os treinadores que estão dispostos a arriscar vir para um lugar onde há uma comparação com Spalletti, que ganhou o campeonato. Quem é que os obriga a fazer isso? Eu digo-lhe: 'não sabe o que está a perder por não vir para o Nápoles, a energia que existe aqui não pode ser encontrada noutro lugar".
Quanto à questão das lesões na seleção nacional, De Laurentiis afirmou:"Deve ser o clube a decidir se um jogador que foi convocado para a seleção nacional deve ou não ir, com a possibilidade de dizer não se for um amigável, por exemplo. Se eu pagar 50 milhões a um jogador e ele voltar lesionado, o clube deve ser indemnizado. Veja-se o caso do Neymar...".
Por fim, uma crítica ao antigo diretor-geral Cristiano Giuntoli, agora na Juventus:"O Giuntoli estava no seu beliche há seis meses, estava sempre a dizer-me: vais mandar-me para a Juventus? E eu dizia-lhe: o que é isto, de repente tornaste-te adepto da Juve? Aqui sempre considerámos a Juve o inimigo desportivo número um... é outro filme! Um diretor desportivo deve ter uma cultura de humildade e de trabalho, e ele tinha isso. O Kvaratskhelia? Não foi dele, foi uma indicação do meu filho Edoardo que depois chegou ao Giuntoli".
